Transporte Alternativo é discutido na Câmara Municipal de Imperatriz.

A categoria reivindica a regulamentação dos serviços na cidade

Sensibilizar o poder legislativo a respeito da regularização dos Transportes Alternativos em Imperatriz. Este foi um dos objetivos de uma Tribuna Popular que ocorreu nessa quinta-feira (25) na Câmara de Vereadores. O espaço foi usado pelo presidente do Sindicato dos Transportes Alternativos Urbano e Intermunicipal de Imperatriz (Sintrauiimp), Ricardo Morais Ribeiro. Estudantes e trabalhadores do transporte alternativo, também, acompanharam a discussão sobre o assunto.

O presidente do Sintrauiimp explicou que com a chegada da Rio Anil Transporte (Ratrans) na cidade, as vans ficaram impedidas de fazer o transporte de passageiros no município. Com isso, os trabalhadores estão sem fonte de renda. “Estamos todos parados e a todo instante correndo o risco de ter os carros apreendidos. Por isso, viemos aqui lutar pela regularização dos nossos serviços, para que a gente possa trabalhar. Não queremos enriquecer, queremos ter pelo menos o de comer e pagar as contas”.

A cidade de Imperatriz ficou mais de 140 dias sem ônibus coletivo e durante este tempo as vans transportavam os passageiros. Segundo Ricardo Morais, o serviço era feito por 60 vans, distribuídas pelos bairros da cidade. “Deste total, 18 carros para Cafeteira, 16 para Vila Fiquene e os demais para outras regiões. E eles passavam a cada 20 minutos nas paradas. Cobrávamos três reais e transportávamos idosos, deficientes e estudantes sem receber um real da prefeitura. Nosso objetivo é melhorar nossos serviços, inclusive, inserir microônibus na frota, caso sejamos regularizados”.

Usuário desses serviços também mostram insatisfação no que diz respeito à saída das vans das rotas urbanas. O estudante Vinicius Alves disse que o tempo de espera na parada e o tempo em trânsito aumentaram. “É inadmissível que a gente passe por dois, três, bairros para poder chegar em casa.Tenho perdido o primeiro horário na escola e isso não está valendo a pena. As vans eram mais organizadas em relação ao horário”.

Durante a explanação, alguns vereadores fizeram uso da palavra e demonstraram apoio à categoria. Entre eles, o vereador Aurélio Gomes, solicitante da tribuna, que defendeu a distribuição de renda. “É uma oportunidade de geração de emprego para muitos pais de famílias diretamente e indiretamente. E eu sou a favor de distribuir as riquezas”, disse ele.

O parlamentar Raimundo Roma também falou da concentração de renda. “Não podemos deixar que um único empresário concentre o poder. As riquezas dentro do município seriam divididas com a colocação do transporte alternativo. Essa Casa tem que se debruçar sobre o assunto, para que todos tenham oportunidade de ganhar. Não queremos que a empresa quebre, mas, que haja competitividade e que o usuário decida qual transporte usar”.

As vereadoras Caetana Frazão e Fátima Avelino relataram que os estudantes estão chegando atrasados na escola devido às novas rotas. Caetana acrescentou ainda que “estamos aqui, exatamente, para apoiar o que é melhor para Imperatriz”. O vereador Antônio José também ratificou o posicionamento dizendo que: “a casa vai estudar a proposta”.

O presidente da Câmara, José Carlos Soares, relembrou algumas lutas da Casa de Leis em prol dos transportes alternativos. “Aqui nós aprovamos a regulamentação dos mototaxista; a cidade quem ganhou com isso. Votamos aqui a regulamentação de 100 taxi lotação. Mas, o prefeito vetou. E que votei contra o veto do prefeito a favor dos taxistas. Eu sempre votei a favor do alternativo, a favor da geração de renda”. (Paula de Társsia)

Legenda1: Estudantes e trabalhadores do transporte alternativo ocupam galerias

Legenda 2 : Ricardo Ribeiro durante uso da Tribuna na Câmara.