Vila Nova dos Martírios – A prefeita Karla Batista participou no começo do mês 04 de março de uma “audiência de sensibilização” com os trabalhadores rurais do município de Vila Nova dos Martírios.
Estiveram presentes no encontro diversas autoridades, inclusive o promotor de Justiça, Elienilton; o defensor público, Fábio Carvalho; o advogado da Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Sapucaia, Milson; o presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Sucapaia, Natal Soares e o representante dos direitos humanos, Conceição Amorim.
Além disso, o presidente da Associação das Quebradeiras de Coco, Maria da Paz; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Nova dos Martírios, José Lúcio; o secretário de Articulação Política, Vá Batista e os vereadores Badeba, Bombinha, Denir, João Fredson, “Meio Kilo”, “Minzinho” e, também, os representantes da comunidade civil.
Na ocasião, foram discutidos vários assuntos relacionados aos problemas das famílias que ali se encontram no assentamento Sapucaia. “Juntos iremos lutar com os assentados para corrigir possíveis erros ou injustiça que possam ter acontecido com os mesmos”, assinala Karla Batista.
Ele observa que “essas famílias residem na localidade há 18 anos desde o período que ainda era considerada de área de várzea (alagada), porém a indústria da papel e celulose Suzano alega ser a legítima proprietária do imóvel”.
“A indústria Suzano diz que conseguiu titularizar essa área, contudo nunca mostrou a documentação comprobatória aos assentados que lutam pelo direito da posse da terra”, disse ela, que lembra ter ouvido depoimentos de funcionários da Suzano que testemunharam que a área pertencia a União.
Karla Batista reitera que “essas famílias legítimos trabalhadores rurais e dependem exclusivamente da terra para sobreviverem”. “Essas pessoas ocuparam há quase duas décadas essa área, inclusive sofreram desapropriação de maneira indevida, onde solicitaram nosso apoio e perguntaram se tínhamos coragem de convocar uma audiência pública para debater esse assunto”, frisou.
Ele argumenta que convocou diversos segmentos da sociedade civil organizada, inclusive representantes do Ministério Público, do Incra, Direitos Humanos, Defensoria Pública e da indústria da Suzano. “Nós lamentamos a ausência dos representantes da Suzano, fato que levantou estranheza, porém todos se propuseram a ajudar a equacionar e o Ministério Público e o Incra solicitarão esclarecimentos à Suzano”, finalizou