Dinheiro da corrupção na Saúde ajudou no enriquecimento da Escola Crescimento no Maranhão.

O Ministério Público Federal concluiu em suas investigações que parte do dinheiro desviado da saúde pública do Maranhão foi investida na Escola Crescimento, com sede no Calhau, embora tenha em suas salas de aulas só filhos de ricos e cobre as maiores mensalidades da rede privada de São Luís.

Conforme levantamento da Polícia Federal e da CGU, Rômulo Augusto Trovão Moreira Lima (foto), sobrinho do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, sem que o tio tivesse conhecimento (acredite quem quiser), tinha a Tempo Engenharia e Arquitetura Ltda que trabalhava para o Instituto de Cidadania e Natureza – ICN.

A empresa, de fato gerenciada por ele, operava em contratos de prestação de serviços de manutenção predial nas unidades de saúde da rede estadual. Conforme investigações da CGU e da PF, ela recebeu R$ 1.064.170,00 sem a prestação dos serviços correspondentes.

Por isso e outras questões, Rômulo Trovão foi denunciado por corrupção passiva e ocultação de patrimônio, uma modalidade de lavagem de dinheiro em esquema de desvios de dinheiro público.

Veja no Documento abaixo que a PGR-MA fez a denúncia contra o dono da Tempo por lavagem de dinheiro com investimentos em empresas, inclusive onde sua esposa foi ou ainda é sócia. No documento é citado o nome de Joelson Pereira, como sendo o laranja do sobrinho de Ricardo Murad.

O MPF acredita que R$ 335 mil sacados pelo laranja Joelson das contas do ICN teria sido destinado a Trovão, com a finalidade de ocultar a forma ilícita.

As investigações constataram que Rômulo comprou dois veículos importados, sendo um Smart Brabus por R$ 80 mil e um Jepp Grand Cherokee, por R$ 215 mil. Os carros foram colocados no nome de Joelson Pereira, para  dissimular a propriedade real.

Rômulo comprou também uma BMW por R$ 180 mil, uma lancha por R$ 215 mil. Para adquirir esses patrimônios, Joelson Pereira repassou R$ 200 mil.

Abaixo trechos do documento do MPF que fala sobre a atuação destacada de Rômulo Trovão no esquema de desvio de recursos da saúde estadual:

Fonte:Luis Cardoso