A prática de denunciar empresas por pagamento de propinas e de bancar eleições para o grupo de plantão no Palácios dos Leões sempre existiu e sempre existirá. Sai governo e entra oposição, mas as práticas e as empresas são sempre as mesmas.
Para citar exemplos mais recentes, Jackson Lago derrotou a oligarquia Sarney, mas as empresas de construção, de segurança privada, de informática, fornecedores de equipamentos e medicamentos da área de saúde, os distribuidores de materiais didáticos, sempre as mesmas que eram acusadas das praticas ilícitas pela oposição.
Antes de Roseana voltar ao poder, seu cunhado deputado Ricardo Murad prometia CPIs na Assembleia Legislativa contra empresas e institutos que operavam no governo pedetista por superfaturamento de preços e pagamento de propinas.
Jackson foi cassado e Ricardo Murad virou secretário de Saúde. Roseana perdoou e abraçou novamente as empresas que faturaram na gestão de Lago e o cunhado triplicou o faturamento dos institutos, os quais ele condenava na área de saúde.
Por causa do superfaturamento, teve prisão coercitiva pela PF, foi considerado o chefe da quadrilha que teria desviado R$ 2 bilhões, não foi denunciado pelo MPF, mas deve ser surpreendido com uma nova ação que vem sendo preparada.
Assume Flávio Dino com a promessa de mudança e de não permitir que as mesmas empresas continuem superfaturando como em tempos atrás. Mas aí o leitor vai encontrar a Edeconsil (aquela que abocanhou uma montanha de milhões no governo de Roseana) sendo a queridinha do comunista e outras várias construtoras.
Na área de segurança privada, o governador permitiu que a Atlântica, de propriedade do ex-sócio de Jorge Murad, empenhe só neste ano mais de R$ 18 milhões e deste total já levou mais de R$ 7 milhões.
Então, são sempre as mesmas empresas, com as mesmas práticas. Só muda o tamanho do bolso, que, em todas as ocasiões, sempre se apresenta mais profundo.
Fonte:Luis Cardoso