A reta final das campanhas dos candidatos a prefeito de Augustinópolis Júlio Oliveira (PR), prefeito eleito, e Carmem Alcântara (PMDB), foi marcada por uma guerra silenciosa, mas que poderia causar um grande estrago nas urnas.
Os dois candidatos apostaram na divulgação de pesquisas de intenção de votos para tentar convencer os eleitores, travando uma guerra na divulgação dos dados, principalmente com o uso de carros de som, redes sociais e muita panfletagem.
A equipe de marketing da então candidata do PMDB divulgou uma pesquisa nas redes sociais, feita pelo instituto Apraico, em que Carmem aparecia com 48,83% das intenções de voto, contra 43,21% do candidato do PRB, uma diferença de 5,62 a favor da ex-prefeita. Logo em seguida é divulgada outra pesquisa, onde a sua preferência cai para 46,59%, e Júlio Oliveira cai ainda mais, para 39,88%, com diferença ficando em 6,71% à frente do candidato eleito, feita por um instituto maranhense chamado Data Ilha. Os eleitores mal tiveram tempo de processar os dados anteriores e uma terceira pesquisa é divulgada, mais uma vez contrariando qualquer principio de marketing. Nos número divulgados, desta vez pelo Instituto Skala, a candidata cai para 45,07%. Nesta, Júlio cresceu e pontua com 42,03%, e a diferença fica apenas em 3,04 pontos percentuais.
Imediatamente os marqueteiros do candidato eleito divulgam uma pesquisa, do Instituto Gauss, onde Carmem Alcântara aparece com 45,7% de intenção de voto, sendo ultrapassada por Júlio Oliveira, que aparece com 47,1%. No resultado final Carmem Alcântara teve 4310 votos, correspondendo, 46,73%, enquanto o prefeito eleito Júlio Oliveira teve 4913 votos, correspondendo 53,27% do eleitorado votante. Em números gerais, 603 votos a frente e 6.54% de vantegem.
“É impensável que uma equipe de marketing minimamente inteligente seja capaz de divulgar dados onde seus candidatos aparecem em queda livre. Isso é suicídio eleitoral”, disse Eduardo Gomes Castro, especialista em marketing político da cidade de Imperatriz.