O primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, deputado estadual Edilázio Júnior (PV), cobrou do governador Flávio Dino (PCdoB) transparência em relação ao seu posicionamento político na capital.
A cobrança diz respeito, especificamente, a quem o comunista apoia em São Luís: se trata-se de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), candidato à reeleição pela coligação “Pra Seguir em Frente” ou de Eduardo Braide, candidato a prefeito pelo PMN.
Edilázio lembrou que apesar de o candidato a vice-prefeito do pedetista, Júlio Pinheiro (PCdoB) ter sido indicado pelo próprio Flávio Dino, ele permanece em silêncio em relação à disputa eleitoral de São Luís.
“Quem o governador Flávio Dino apoia? Quem é o candidato a prefeito apoiado pelo comunista? Essa pergunta tem sido feita por todos, não somente da classe política. Flávio Dino indicou o vice do atual prefeito, o peso de uma tonelada, diga-se de passagem, mas indicou. E mesmo assim não revela quem é o seu candidato”, disse.
O parlamentar lembrou que durante os dois primeiros anos da gestão Edivaldo Júnior, quando ainda não havia sido eleito governador, Flávio Dino se favoreceu da estrutura do Município para fortalecer o seu partido político.
“Flávio Dino indicou vários secretários e conseguiu garantir estrutura para cerca de 500 pessoas ligadas ao PCdoB na administração pública, mas agora não mostra a cara”, disse.
Edilázio afirmou que Flávio Dino havia marcado para o dia 4 deste mês, uma coletiva de imprensa para declarar qual candidato apoiaria na capital, mas recuou.
“No dia 3 de outubro, um dia após a eleição, o governador Flávio Dino afirmou à imprensa que no dia seguinte [4] iria declinar o nome do seu candidato a prefeito de São Luís. Já estamos a duas semanas do segundo turno e ele não o fez. Jamais gravou um vídeo para o seu candidato, ou fez aparição pública”.
Ele ponderou que caso Braide saia vencedor da eleição, Flávio Dino irá à imprensa nacional afirmar que o candidato é seu aliado, liderou o maior bloco governista na Assembleia Legislativa e que, portanto, ele saiu vencedor da eleição na capital.
“Eu duvido é ele ir para a imprensa nacional falar da rasteira que ele deu em Braide aqui nesta Casa, que deixou a liderança do maior bloco governista e foi para um grupo independente. Duvido que vá falar do isolamento do deputado Braide provocado por ele aqui nesta Casa”, finalizou.