A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa aprovou, na sessão de ontem, requerimento do deputado Edilázio Júnior (PV) que pedia a abertura de procedimento contra o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB), por crime de responsabilidade.
Apesar disso, a base governista recorreu, e a matéria deverá ir ao Plenário novamente na sessão de hoje.
Edilázio havia pedido a abertura de procedimento contra Clayton Noleto com base no artigo 33, § 2° da Constituição do Estado, após o secretário sonegar informações que haviam sido solicitadas pela Casa.
As informações solicitadas por Edilázio no mês de outubro deste ano, diziam respeito à relação dos municípios beneficiados com o “Programa Mais Asfalto”, bem como o cronograma de obras.
Para Edilázio, o Mais Asfalto se trata de um programa “eleitoreiro”, utilizado pelo Executivo durante o período eleitoral para beneficiar aliados do governador Flávio Dino (PCdoB).
“O Mais Asfalto foi um programa a bel prazer do governador. É um programa sem nenhum critério. Não existia cronograma de obra, muito menos orçamento detalhado e nem houve licitação alguma para as obras realizadas. Foi um programa utilizado tão somente para tentar mudar a intenção de votos nos municípios”, disse.
Com a aprovação do pedido, Clayton Noleto se torna agora alvo de processo por crime de responsabilidade do Legislativo Estadual, que pode o tornar inelegível para o pleito de 2018.
Noleto chegou a anunciar pré-candidatura este ano para a Prefeitura de Imperatriz, mas depois desistiu, após institutos de pesquisas atestarem baixo desempenho em intenções de votos.
Apesar disso, ele já desenha candidatura ao Legislativo no pleito de 2018.
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Outro requerimento de autoria de Edilázio Júnior (PV) e que pedia a convocação do secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto, foi rejeitado ontem pelo plenário da Casa. Foram 13 votos contrários e apenas 9 favoráveis à convocação do secretário. O parlamentar lamentou a não aprovação do requerimento e lembrou do discurso de posse do governador Flávio Dino (PCdoB), em 2015, que assegurava, naquela ocasião, que todo e qualquer auxiliar do primeiro escalão do Executivo estaria à disposição do Legislativo assim que convocado para prestar esclarecimentos.