Câmara aprova remanejamento de recursos do Orçamento

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Em sessão extraordinária, a Câmara de Vereadores de Imperatriz

aprovou dois projetos de lei ordinária do Executivo alterando

dispositivos do PPA (Plano Plurianual), exercício 2014/2017 – lei

1.516/2013 -, e do Orçamento para o exercício financeiro de

2017 – lei 1.655/2016. Na prática, haverá apenas

remanejamento de recursos já previstos em razão da reforma

administrativa que desmembrou, fundiu e transformou

secretarias.

Após a leitura da ordem do dia, o presidente da Casa, José Carlos

Soares, suspendeu a sessão por tempo indeterminado para que

os vereadores pudessem debater as matérias com as comissões

técnicas, pois havia dúvidas sobre alguns pontos.

O secretário municipal de Administração, José Antonio Silva, foi

convidado a prestar esclarecimentos sobre esses pontos. Ele

compareceu à Casa acompanhado de representante da

Procuradoria do Município e se reuniu com os vereadores,

esclarecendo e respondendo questionamentos.

As comissões de Justiça e Redação e de Orçamento, Finanças e

Contabilidade consultaram o regimento interno da Casa e a Lei

Orgânica do Município para fundamentarem seus pareceres. Os

respectivos relatores, Chiquin da Diferro (PSB) e Zeziel Ribeiro

(PSDB), relataram pela aprovação dos projetos e foram seguidos

por uanimidade pelo Plenário e a Mesa Diretora – apenas quatro

vereadores não estavam presentes na sessão.
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Votação

Antes de abrir a votação, o presidente José Carlos tirou dúvidas

de jornalistas e da galeria sobre a pauta. Disse que a aprovação

dos projetos não significaria aumento de despesas para o

Tesouro do Município.

“O Orçamento foi aprovado no final da legislatura passada. Não

está sendo votado novamente. Apenas é uma questão de

remanejamento de recursos, pois com a reforma administrativa,

também aprovada ano passado, houve desmembramentos de

secretarias, criação de secretarias, fusão de secretarias, e as

novas secretarias precisam de orçamento para seu

funcionamento”, explicou.

O vereador João Silva (PRB) comentou que a sessão

extraordinária, com previsão de única votação dos projetos,

permite a suspensão dos trabalhos para discussão nas comissões

técnicas apropriadas e a elaboração dos pareceres dos relatores.

“Sabemos que a reforma criou uma secretaria, que foi

desmembrada de outra, e não tinha orçamento. Foi só isso. Isso

é normal. Não houve um centavo de aumento no orçamento”,

frisou.

Cinco vereadores se pronunciaram antes da votação, nominal e

aberta. Rildo Amaral (Solidariedade) aproveitou para adiantar o

voto favorável à aprovação, mas com ressalvas. Disse que a

matéria era complexa e que explicações sobre a previsão de

recursos para o Fundo de Incentivo à Cultura “não foram

satisfatórias [por parte do secretário de Administração]”.

Ricardo Seidel (Rede) seguiu o discurso do colega e citou que a

lei 1541/2014, que criou a Lei de Incentivo à Cultura “deve ser

respeitada”. A lei criou o fundo, que capta recursos do ISS (0.8%)

e do Imposto sobre Transações Imobiliárias, o ITBI, (1%). No

orçamento deste ano, a estimativa de receita é de R$ 139 mil. Há

controvérsias sobre essa estimativa. Para o vereador Carlos

Hermes (PCdoB), que pediu compromisso do governo municipal

com a cultura, o valor anual captado pelo fundo pode chegar a

R$ 600 mil.

Alberto Sousa (PDT) ressaltou que a Câmara tem que apreciar

matérias de acordo com seu regimento interno, para não

incorrer em erros jurídicos. E pediu correção dos valores

previstos para o Fundo Municipal de Cultura.

Irmã Telma (Pros) ressaltou que a Mesa Diretora conduziu os

trabalhos seguindo o Regimento Interno. “Tecnicamente

permitiu aos vereadores votarem com embasamento legal e com

sua consciência”. (Gaby Ascom/Câmara)