ANB JORNALISMO: SÉRIE ‘3 PERGUNTAS PARA’

3 Perguntas para Paulo Coelho, presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação do Maranhão-SEHAMA

O setor de Hospedagem e Alimentação no Maranhão é um dos mais importantes do segmento de negócios, prestação de serviços e suporte ao turismo estadual.

 

Em 2016, com o anúncio de um pacote de medidas de contenção para a crise econômica que assola o Brasil pelo Governo Federal, o segmento hoteleiro maranhense sentiu, como vem sentindo, as intempéries do novo momento vivenciado pelo país.

 

Paulo Coelho é presidente do SEHAMA, sindicato responsável pela representatividade das empresas que atuam no segmento. Nessa rápida entrevista a Agencia Baluarte ele avalia a realidade do setor no Maranhão dos dias atuais. Boa leitura:

POR FERNANDO ATALLAIA

EDITOR-CHEFE DA AGÊNCIA BALUARTE

atallaia.baluarte@hotmail.com

Agência Baluarte- Como presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação do estado, qual avaliação o Sr. faz do setor hoteleiro maranhense na atualidade ?

 

Paulo Coelho-  Atualmente o segmento de Hospedagem no Maranhão e mais precisamente em São Luís onde atuamos  é composto por 34 hotéis e pousadas com uma oferta de 3.552 Unidades Habitacionais (UHs), se constituindo um potencial de disponibilidade adequada à demanda turística para a nossa cidade. Contudo, a crise que acometeu  a economia brasileira a partir 2015 e se intensificou em 2016 , tem produzido efeitos danosos às atividades empresariais do setor, tendo em vista a diminuição da quantidade de turistas para o nosso destino.

 
O presidente do SEHAMA, Paulo Coelho(imagem central) ladeado por Pedro Robson(SLCVD) à esquerda e por Flávio Dino, governador do Maranhão: entrevista a Agência Baluarte para traçar rápida avaliação do setor hoteleiro.  

Não obstante aos efeitos provocados pela crise econômica nacional, já é possível se constar recentemente um sensível movimento de recuperação das atividades ligadas setor do turismo, como hospedagem e alimentação, com a elevação da quantidade da visitação de turistas para nossa cidade, o que provavelmente, deve ser ainda mais alavancada no período de Festas Juninas que se aproxima.

 

De toda sorte, ainda que as atividades de hospedagem e alimentação necessitem de melhor qualificação e aportes de tecnologias, acredita-se na potencialidade do setor para acolher com qualidade os visitantes de nossa cidade.

 

Agencia Baluarte- O fato de São Luís ser detentora do título Patrimônio  Cultural da Humanidade influi positivamente na economia do setor na capital maranhense?

 

Paulo Coelho- Com certeza, tendo em vista que o reconhecimento de São Luís como Patrimônio Cultural eleva nossa cidade à categoria de “Cidade do Mundo”. Esse status promove uma valorização no mercado interno de turismo e principalmente proporciona maior visibilidade  ao turista internacional.

 

Assim sendo, ocorre uma potencialização do mercado turístico local, haja vista, que a maior visibilidade conquistada, se constitui em um vetor de atração turística elevando a quantidade de visitantes, o que produz a exponencialização da maior demanda de serviços do setor de turismo, notadamente nas atividades de hospedagem como hotéis e pousadas, nas atividades de alimentação como restaurantes e lanchonetes, assim como nas atividades de artesanato e de entretenimento em geral. Nesse sentido, há por consequência  uma dinamização da economia local com efeitos positivos no mercado de trabalho com a geração de empregos  e elevação da renda empresarial dessas atividades.

 

Agencia Baluarte- Quais foram nos últimos anos as principais reivindicações e pleitos conquistados pelo SEHAMA  em beneficio de  seus filiados?

 

Paulo Coelho- Uma das principais reivindicações e pleitos conquistados dos empresários são os constantes diálogos, com o sindicato dos trabalhadores, discutir a categoria como um todo, as dificuldades na qualificação de mão de obra, legislações, mudanças econômicas, etc.

 

A função do sindicato patronal não é apenas defender a categoria econômica perante as negociações coletivas de trabalho e dissídio coletivo, mas de atuar em defesa de outros interesses, como por exemplo, entrar na justiça com ações judiciais que visem benefícios fiscais e tributários para todas as empresas da categoria econômica que o sindicato representa.

 

Participar de feiras e eventos buscando patrocínios junto aos parceiros e órgãos públicos para o benefício do associado.

 

Neste tocante, o sindicato patronal identifica os principais entraves, lutando em favor da categoria patronal, enviando propostas de projetos de leis ao legislativo e defendendo perante a sociedade situações que prejudicam o segmento, apresentando a todos alternativa de soluções.