O ex-diretor-presidente da Odebrecht, Mário Amaro relatou encontros na casa do governador Marcelo Miranda (PMDB) e do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) para tratar de contribuição para a campanha de 2012 e 2014.
Mário Amaro relatou na delação que em agosto de 2014 o presidente, na época, da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, disse que era para doar a pedido de Eduardo Cunha – ex-presidente da Câmara dos Deputados – R$ 1 milhão para a campanha de Miranda. Ele disse que se encontrou com o governador em setembro daquele ano, em sua casa, e que na saída, Herbert Brito, conhecido como Buti, o abordou para pedir a contribuição.
Amaro detalhou que esteve com Buti mais três vezes, os dois primeiros encontros ocorreram na Vovó Chiquinha, sendo para explicar sobre a liberação da contribuição e a forma de pegar o dinheiro. “Assim que o dinheiro estiver liberado eu te aviso com antecedência para você se organizar, para ver quem vai pegar em São Paulo”, contou Amaro, lembrando que ele teria reclamado e pedido que o dinheiro fosse entregue no Tocantins. No último encontro, que teria ocorrido na Avenida Palmas Brasil, Quadra 704 Sul, Lote 8, ao lado da padaria Colombo, Amaro diz que Buti contou que talvez fosse buscar o dinheiro em São Paulo com o seu filho que era piloto de avião.
Procurado, o Palácio Araguaia disse que a assessoria jurídica do governador responderia sobre o assunto, mas não foi encontrada. E que por desconhecer os autos do processo, Marcelo não falará.