Tribuna Popular debate reforma da Previdência

A reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional foi tema de debates na Tribuna Popular desta terça-feira (25) na sessão da Câmara Municipal. Representando os trabalhadores, participaram Lívia Moraes de Menezes, do Sindicato dos Bancários, e Wilas de Moraes Nascimento, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Imperatriz (Steei).
“A reforma da Previdência é um atentado contra os direitos dos trabalhadores, assim como a reforma trabalhista. A idade mínima para a aposentadoria, a terceirização e a concessão de benefícios abaixo do salário mínimo são pontos que deixam bem claro a política de perseguição aos trabalhadores, aos idosos e aos pobres do Brasil”, afirmou a representante dos bancários.
Para Wilas Nascimento, a participação da classe política é fundamental para barrar o projeto original da reforma. “Os políticos, independente de partidos, devem se posicionar claramente sobre as reformas do governo Temer, afinal elas atingem diretamente todos nós”, conclamou.
Os dois dirigentes sindicais convocaram os vereadores e a população a participarem do movimento de protestos marcada para esta sexta-feira, 28, como parte da mobilização que acontecerá em todo o país.
Posicionamentos
Diversos vereadores adiantaram que são contra as reformas anunciadas pelo presidente Michel Temer e anunciaram que irão pressionar seus partidos e seus representantes no Congresso para se posicionarem contrariamente às propostas do governo.
Rildo Amaral (Solidariedade) anunciou que 64 vereadores do partido no Maranhão irão divulgar nota se posicionando oficialmente contra as reformas trabalhista e da Previdência e a terceirização.
Para Carlos Hermes (PCdoB), “os vereadores devem se posicionar sobre as reformas, pois seus eleitores serão os mais atingidos pelas medidas amargas do governo golpista de Temer”. “Será a destruição de milhares de vidas de brasileiros. Os deputados e senadores não podem continuar ignorando a vontade popular”, emendou.
Para o vereador Pedro Gomes (PSC), o movimento do dia 28 “será uma resposta da sociedade que não suporta mais um golpe”. Segundo ele, ” os aposentados e os trabalhadores não podem pagar pela Lava Jato”.
Zesiel Ribeiro (PSDB) disse que “as reformas são necessárias”, “mas tudo tem um limite”. “A reforma da Previdência tem pontos que são claramente contra os trabalhadores”, acrescentou.
“O povo não pode pagar a conta da ineficiência, da incompetência, do roubo”, declarou Alberto Sousa, do PDT, reafirmando que seu partido é contra as reformas.
Texto: Carlos Gaby/Assimp
Fotos: Fábio Barbosa/Assimp
Foto 1) Wilas Nascimento, professor, ex-presidente do Steei
Foto 2) Lívia Moraes, diretora do Sindicato dos Bancários