Moradores de Buriticupu, a 395 km de São Luís, estão preocupados com o crescimento da violência. A população teme que a criminalidade aumente que após a prisão dos policiais suspeitos no assassinato do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa. Suspeitos e vítimas trabalhavam na companhia independente de Polícia Militar do município.
Cerca de 45 policiais são responsáveis pela segurança de moradores de Buriticupu e do município de Bom Jesus das Selvas, a 465 km da capital, que juntos tem uma população de aproximadamente 110 mil habitantes. O tráfico de drogas é um dos maiores desafios para a companhia, que com a exoneração dos suspeitos do assassinato, está sem mais três policiais.
Segundo o novo comandante da PM, major Nelson Junior, o envolvimento da polícia em morte de colegas foi uma grande surpresa. “Um fato isolado que alguns policiais tomaram essa atitude e o comando da 14º companhia não compactua com esse tipo de comportamento. Mas é uma situação que está sendo apurada e o inquérito da Policia Civil foi finalizado e o inquérito da polícia militar será finalizado no próximo mês. Todas as inquirições necessárias foram feitas e agora estamos aguardando o desfecho final de toda essa investigação”, disse.
Ainda segundo o major, apesar da baixa no contingente da polícia, o trabalho para combater a criminalidade não será afetado por conta de novos reforços que chegaram a companhia. “No primeiro momento houve uma pequena baixa que além dos três oficiais que estavam aqui na unidade terem sido afastados, foram mais três policiais afastados. Mas teve curso de formação de soldados que finalizou no começo do mês de abril e recebemos um efetivo com o total agora de 25 policiais”, finalizou.
Entenda o caso
Foram presos o tenente Josuel Alves de Aguiar e o soldado Tiago Viana Gonçalves suspeitos de estarem envolvidos no assassinato do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa, que estavam desaparecidos desde o último dia 17 de novembro de 2016, no município de Buriticupu, a 420 km da capital. Um terceiro suspeito, o soldado Gladstone de Sousa está foragido e caso não se apresente em cinco dias será considerado um desertor da Polícia Militar.
Os policiais sumiram no dia 17 de novembro de 2016, na cidade de Buriticupu. No dia que desapareceu, o soldado Alberto Sousa se apresentou às 8h na 14º Companhia Independente da Polícia Militar. Ele nem chegou a cumprir todo o expediente, pois pediu ao seu superior para sair mais cedo.
No dia seguinte, segundo a escala da polícia, o soldado estaria de plantão, mas não apareceu. Informações de testemunhas davam conta de que ainda na noite de quinta-feira (17) o soldado tinha sido visto em companhia do cabo Júlio César da Luz Pereira, que era lotado no município de Estreito, distante 358 km de São Luís, mas como estava de licença médica estava morando em Buriticupu.