Segundo o ‘Atlas da Violência’ que foi divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a taxa de homicídios em mulheres cresceu no estado. De acordo com a pesquisa, os casos de violência contra mulheres cresceram cerca de 130%, colocando o Maranhão como estado com o maior aumento na taxa de homicídios de mulheres.
Entre as mulheres negras, o aumento da violência foi de 97% e entre mulheres não negras, o número foi de 281%, o segundo maior do país. Houve uma redução no último ano pesquisado, do qual das 152 mortes registradas, o número caiu para 148 em 2015.
Em abril deste ano, foi criado no Maranhão o Departamento de Feminicídio do Estado, que deverá dar mais atenção aos casos de violência contra a mulher. Segundo Viviane Azambuja, delegada responsável pelo departamento, a criação do órgão deve dar mais visibilidade a esse tipo de crime. “O departamento de feminicídio vai começar uma investigação especializada das mortes violentas de mulheres e não esse não sendo tipificado como homicídio, vai ser caracterizado como homicídio comum. Se não vai ser tipificado como feminicídio que é um homicídio qualificado e o torna um crime hediondo. Tirando esse crime da invisibilidade, com certeza a gente vai combater de forma mais eficaz”, disse.
O caso no estado que ganhou repercussão nacional em 2016, o assassinato da publicitária Mariana Costa que foi morta pelo próprio cunhado. O crime bárbaro chocou o Maranhão e principalmente a família da vítima, que apesar do tempo não consegue esquecer a dor em perder um ente querido.
Carolina Costa, irmã da vítima diz que o caso da irmã serve agora como uma forma de lutar por todas as outras situações de violência contra mulheres. “O milagre tem sido cada um que ficou. O milagre sou eu, que estou aqui forte, firme. Deus te me dado um equilíbrio emocional para lutar pela essa causa e por todas as mulheres também que sofreram esse tipo de abuso”, conta.
Sobre a divulgação da pesquisa do IPEA, o Governo do Maranhão, comentou que o estado teve queda no índice de homicídios a partir de 2015, data da qual foi realizada a pesquisa.