As vereadores Irmã Telma e Maura Barroso, ambas do Pros, usaram a tribuna na sessão desta terça-feira (06) da Câmara Municipal de Imperatriz para protestar e denunciar o aumento de casos de violência contra a mulher, especialmente os casos de feminicídio. As duas relataram o caso de Alvenir Leite Lima, assassinada a facadas junto com o companheiro pelo ex-esposo na manhã no último domingo (04) na feira do Mercadinho.
A vereador Maura Barroso disse que ficou chocada com o caso. Ela é autora do projeto que instituiu o Dia Municipal de Combate ao Feminicídio e de outro que cria o Dia Municipal da Não Violência contra a Mulher. Na tribuna, protestou duramente contra a impunidade de agressores e assassinos de mulheres e mais uma vez disse que só a mudança radical da cultura da violência contra a mulher que existe no Brasil pode mudar essa trágica realidade, citando os números alarmantes de casos de agressões e de mortes de mulheres por companheiros e ex-companheiros.
A vereadora Irmã Telma relatou o caso de uma vizinha brutalmente assassinada pelo esposo. Segundo ela, a maioria dos agressores e assassinos convivem com as vítimas. “Essa violência toda é de dentro de casa mesmo, não é lá de fora”, afirmou.
Irmã Telma disse que as vítimas têm que denunciar seus agressores e procurar proteção das autoridades policiais. “Não pode se calar, tem que denunciar, tem que falar, não só as vítimas diretamente, mas as mulheres têm que falar sempre dessa violência que acomete milhões de mulheres em todo o Brasil sem que essa situação mude”.
Ela disse que a violência contra a mulher não é só física, mas psicológica, financeira e intelectual.
Nesta quinta-feira (08), a Câmara Municipal de Imperatriz realiza sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e pretende aproveitar a data para denunciar, mais uma vez, a violência crescente contra a mulher em Imperatriz.
Texto: Carlos Gaby/Assimp
Foto: Fábio Barbosa/Assimp