Governo municipal e sua base aliada antecipa a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal e perde para a oposição.
O governo municipal de São Francisco do Brejão antecipou a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal marcada para a 2° terça feira do mês de novembro para o dia 6 de abril. Enquanto o governo estava preocupado em antecipar a eleição e divulgar nos blogs da região que o vereador Tiago do Zé Jacó (PDT) seria o próximo presidente da Câmara Municipal a oposição não se deu por vencida e trabalhava duro para conquistar 2 votos, formando assim a maioria para derrotar o governo no plenário Belchior Branco, e foi exatamente o que aconteceu.
O governo contava com os votos de 2/3 da Casa, ou seja, 6 vereadores Tiago do Zé Jacó (PDT) então candidato a presidente, Claudian do Grilo (PT) vice-presidente, Juscilene Prates (PRB) 1° Secretária, Pascoal Branco (PDT) 2° Secretário, Fogoio Lira (PSDB) e Marquel Reis (PDT). A oposição composta pelos vereadores Marcos Aguiar (PCdoB), Cristina Figueira (PSB) e Ana Quitéria (PV) fizeram a articulação necessária para conseguir os votos dos vereadores Fogoio Lira (sobrinho do prefeito) e Marquel Reis, os dois que faltavam para conquistar a vitória e reconduzir Ana Quitéria para seu segundo mandato consecutivo a frente do Poder Legislativo Municipal.
O votação foi aberta e assim os brejãoenses que lotaram o plenário Belchior Branco assistiram de camarote a declaração de voto dos 9 nove parlamentares na tribuna Raimundo Alves de Oliveira. A chapa da oposição composta com Ana Quitéria – Presidente, Cristina Figueira – Vice-presidente, Marcos Aguiar – 1° Secretário e Marquel Reis – 2° Secretário, foi a grande vencedora. O desespero do governo foi tão grande que os parlamentares da oposição que se encontravam em São Luís às vésperas da eleição receberam a mando do executivo ligações de deputados estaduais, ex-prefeitos e vários empresários, mas foi em vão, a derrota do governo naquele momento já estava sacramentada. Após a votação houve troca de ofensas por parte de alguns parlamentares e o candidato a presidente derrotado partiu para vias de fato, quando foi contido pela polícia militar a pedido da presidência da Câmara.
A maior lição de todo esse episódio é a comprovação da falta de habilidade política do executivo municipal. Ao receber o mandato, o atual prefeito tinha apenas a vereadora Cristina Figueira como oposicionista, contudo, sua gestão fez a maioria da Câmara seguir um caminho diferente. Essa situação chegou a tal ponto que aliados importantes como a vereadora Ana Quitéria (eleita presidente da Casa no biênio 2017-2018 com o apoio do governo) e o vereador Marcos Aguiar (mesmo partido) decidiram não mais apoiar o atual mandatário.
FOTOS/ Carlos Ferreira