Cerca de 100 pessoas participaram da mesa redonda promovida pelo SEST SENAT
Trabalhadores do transporte, universitários e comunidade em geral participaram na última sexta-feira (18) do encerramento do projeto Proteção, desenvolvido pelo SEST SENAT. A palestra buscou orientar e tornar acessíveis informações para o combate diário ao abuso e à exploração sexual infantil na região. O evento aconteceu no auditório da Unidade, em Imperatriz.
Esclarecimentos como os traumas causados pelo abuso, a competência de cada órgão envolvido no enfrentamento, os perfis dos abusadores, os procedimentos administrativos relacionados à denúncia e à comprovação do crime, as penas legais, as mudanças de comportamento sinalizadas pelas crianças pós-trauma e muitos outros temas foram abordados durante o evento. Com esses conhecimentos em mãos, a população pode de fato contribuir com a vigilância de possíveis casos.
“O mais difícil é a sociedade entender que a exploração e o abuso sexual de crianças não são responsabilidades apenas do estado. São responsabilidades de todos nós. A maioria dos crimes acontece dentro do seio familiar. Somente juntos conseguimos formar essa rede de proteção”, pontua o defensor público, Fábio Carvalho.
Encorajamento – Segundo o Creas, os casos de abusos são cometidos em maioria pelo pai biológico, um cenário presente não só na região, mas a nível nacional. Por isso, reforça-se a necessidade de tornar a sociedade o principal apoio para essa vigília, ao observar mudanças repentinas de comportamento da criança, atitudes suspeitas de familiares, entre outras medidas. A partir de então, o próximo passo é encorajar as famílias a realizarem a denúncia.
“A criança não tem maturidade cognitiva para entender que deve denunciar. A família e a sociedade precisam estar atentas. Já cheguei a atender criança até de um aninho de idade que foi violentada. Então, o nosso maior desafio é o encorajamento das vítimas. Falta coragem para compartilhar esses traumas que normalmente são irreversíveis. Nós precisamos nos mobilizar, vigiar e proteger nossas crianças”, ressalta a psicóloga do Creas, Débora Martins.
Estiveram presentes no evento o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Creas, Defensoria Pública, Conselho Tutelar, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Comissão da OAB de Defesa e Proteção da Criança e do Adolescente, e a Vara da Infância e da Juventude.
“Estamos sempre à disposição para contribuir com combate ao abuso. Com essa semana pudemos alcançar um público muito grande fora da unidade, o que é um saldo muito positivo para nós. Somente com essa rede de proteção coletiva conseguiremos o nosso sonho ideal, que é realmente conseguir erradicar esse crime”, finaliza a coordenadora de promoção social do SEST SENAT, Mayara Gomes.
Disque 100 para denunciar casos de abuso e exploração sexual infantil.
Assessoria de Imprensa