Vereador Carlos Hermes denuncia empresa de ônibus RATRANS

Em fala na tribuna da Câmara Municipal de Imperatriz nesta terça 11, o vereador Carlos Hermes (PCdoB), apresentou problemática do transporte público do município, em especifico à empresa Ratrans (Rio Anil Transportes).

            Lembrou que em 2015 aconteceu um grande movimento com envolvimento do povo e de estudantes na luta pelo ‘fora VBL’ que teve amparo do ministério público, onde a sociedade organizada conseguiu tirar uma empresa que maltratava estudantes, idosos e tinha veículos pegando fogo no meio da rua. Entrou então a Ratrans em estado de emergência, mas continua até hoje atuando com aditivo de contrato, sem nenhuma obrigação de renovar a frota ou exigências legais.

            “Chegaram com 40 ônibus novos com acessibilidade e com cobrador, mas um mês depois os ônibus começaram a voltar para a capital. Estão rodando veículos velhos, sucateados, com mais de uma década de uso e desrespeitando trabalhadores que também recebem dinheiro, tem que cumprir horário e desviar a atenção para passar troco. Esta empresa para lucrar está explorando ao extremo a vida dessas pessoas e agora demitiu mais de 10 pais de família por justa causa alegando motivos fúteis e segundo as denuncias, não acertam direitos trabalhistas da forma correta, não depositam FGTS e se os carros derem problema o condutor precisa pagar o concerto, tirando do seu próprio salário”, disse.

            Ainda de acordo com as denúncias, funcionários que trabalham o dia todo sem comer, não podem sequer parar para almoçar e ao passarem mal perdem o emprego. Ou se a rua estiver com problemas e o ônibus quebrar, a culpa é de quem estiver no volante. Mostrou uma escala de trabalho usada pela empresa, onde um único motorista começa a dirigir às 6h da manhã e só para as 15h, no calor escaldante de Imperatriz, do motor do ônibus e não pode parar nem para lanchar.

            O vereador mostrou no telão fotos com a situação de ônibus que trafegam com bancos destruídos, molas e bacias quebradas, vazamento de óleo, ferros expostos que colocam em risco a vida de quem utiliza o transporte e informou que até ligações da própria empresa para o celular dos motoristas são usadas como motivo para demissão, pois alegam que o funcionário atendeu enquanto estava em horário de trabalho.

            Hermes disse que esse procedimento é feito para obter lucro a todo custo e demitir por justa causa livra a empresa de varias cargas tributarias e direitos trabalhistas. A empresa está atuando sem licitação em Imperatriz desde 2016, sem exigências nem obrigação de renovação de frota. Informou também que irá formalizar as denuncias aos órgãos competentes.

            “É imperativo que haja respeito aos funcionários, acessibilidade e as linhas de ônibus devem atender as necessidades da população. Se a Ratrans não se regularizar e melhorar, se tornará a nova VBL”, finalizou.

Sidney Rodrigues – ASSIMP

Fotos – Sidney Rodrigues