A pedido do Sindicato dos Urbanitários, o vereador Aurélio Gomes (PT), fez encaminhamento ao presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Gênero, Dr Fábio Hernandez (PSC) para que fosse realizada na manhã da última sexta (06), Audiência pública abordando o tema do Projeto de Lei (PL) nº 5877/2019 que trata da Privatização do Sistema Eletrobrás.
Estiveram presentes os representantes do representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários, do Sindicatos dos Urbanitários, do Sindicato dos Bancários, da Central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), CUT Maranhão, do PT local e do MST.
A Audiência foi o convite ao debate de dizer não ao risco da Eletrobrás ser privatizada pois o Maranhão tem um grande fatia dessa empresa através da Eletronorte.
Os vereadores Aurélio e Carlos Hermes (PCdoB) presidiram a sessão e versaram sobre o impacto sobre essa problemática com os sindicatos e movimentos sociais que atenderam ao convite. Para eles o assunto mexe com toda a estrutura financeira das famílias brasileiras, pois representa a defesa do saneamento e do setor elétrico, duas fontes insubstituíveis, pois a água e a energia são itens de primeira necessidade e por isso da defesa de que eles continuem sendo públicos.
Explicaram que o governo federal há muito tempo, tenta privatizar a Eletrobrás, mas recentemente aumentou a quantidade de propostas e medidas regulatórias tentando mudar o marco regulatório do saneamento.
Falaram também das reformas que cada vez mais precarizam as relações de trabalho, pois a privatização faz com que sejam exigidas metas inalcançáveis pelos trabalhadores, acarretando em falta de estabilidade e baixos salários, pois quem não consegue atingir os objetivos pedidos, perdem o emprego. As empresas aumentam as tarifas e triplicam as metas, visando apenas o lucro acima de tudo.
Deram o exemplo de empresas de energia elétrica que não aceita sequer a queima de um transformador sem penalizar algum funcionário, sendo que o equipamento pode queimar com descarga atmosférica, por conta do tempo de uso, sobrecarga e vários outros fatores, e nesse sentido o trabalhador não tem uma ação que possa impedir esse acontecimento.
Afirmaram que a Eletrobrás pode ser privatizada a qualquer momento e que cada um deve fazer o seu papel de levar informações à população. Em seguida a palavra foi franqueada as pessoas presentes na galeria que deram suas contribuições ao debate.
O vereador Aurélio encerrou informando que os países que estão em desenvolvimento e as grandes potências estão comprando empresas estatais, mas aqui é um movimento contrário. E que cabe a todos os trabalhadores fazerem esse debate de porta em porta. “Não podemos ficar só no discurso de Zap, de quatro paredes, assim não conseguimos chegar a lugar algum. Vamos arregaçar as mangas, nas feiras, nos bairros, dialogando, fazendo uma reflexão também do nosso discurso para que o povo entenda a nossa fala e mude essa possibilidade que pode virar realidade a qualquer momento”, finalizou.
Sidney Rodrigues – ASSIMP
Foto – Sidney Rodrigues