IPCA volta a apresentar deflação em São Luís

O índice de janeiro ficou em -0,19%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, em São Luís, apresentou queda de -0,19%. De junho a outubro de 2019, o IPCA apresentou deflação na capital maranhense. Já em novembro e dezembro, registrou alta. O acumulado dos últimos 12 meses foi de 3,99%, menor que o acumulado para Brasil: 4,19%.

Na capital maranhense, em janeiro, houve retração de preços em cinco grupos de despesa: saúde e cuidados pessoais (1,81%), artigos de residência (1,26%), vestuário (0,60%), comunicação (0,09%) e transporte (0,04%). Elevação de preços foi constatada nos grupos de despesa alimentação e bebidas (0,61%), despesas pessoais (0,27%), habitação (0,06%) e educação (0,04%).

No grupo de despesa saúde e cuidados pessoais, os subitens que apresentaram maiores recuos de preço foram: produto para pele (-10,44%), artigo de maquiagem (7,40%), perfume (5,75%) e produtos oftalmológicos (-3,06%). No entanto, o subitem que causou maior impacto para redução de preços foi perfume (-0,1488 p.p.).

Promoções para artigos de mobiliários tiveram impacto significativo no comportamento de preços do grupo artigos de residência, que apresentou, pelo quinto mês consecutivo, deflação. Também no grupo vestuário, diferentemente do que ocorreu em dezembro, houve recuo de preços, principalmente em artigos infantis.

Em relação ao grupo transporte, destaca-se diminuição de preço em passagem aérea (-4,56%), ônibus interestadual (-1,57%) e gasolina (-0,79%), esta última responsável pelo maior impacto na redução de preços nesse grupo. Queda no preço de aparelhos telefônicos explica o comportamento deflacionário no grupo de despesa comunicação.

Os subitens que tiveram maiores elevações no grupo de despesa alimentação e bebidas foram: feijão–mulatinho e feijão-carioca, ambos com mais de 20% de aumento; o açaí (15,4%); e algumas carnes, como a suína, peito, frango inteiro e fígado. Houve aumento também nos preços de algumas frutas, como laranja-pera, uva, maçã e banana-d’água. Foi detectada, ainda, alta nos preços da alimentação fora de domicílio, na ordem de 1,20%. É o terceiro mês consecutivo de aumento nesse subgrupo de despesa.

Já no grupo de despesas pessoais, houve elevação de preços principalmente nos subitens cartório (2,27%), hospedagem (1,98%), cinema/teatro/concerto (1,66%) e brinquedo (1,29%). O subitem cabelereiro e barbeiro, mesmo tendo elevação de preços (1,03%) menor que os demais subitens, causou maior impacto no quadro inflacionário, pois tem maior peso nas despesas das famílias.

No grupo habitação, houve aceleração nos preços, com destaque para cimento (1,63%), desinfetante (1,3%) e aluguel residencial (1,2%). Desses subitens, aluguel residencial teve maior impacto no comportamento de preços do grupo habitação.

Quanto ao grupo de despesa educação, os subitens curso de informática (1,63%) e artigos de papelaria (1,19%) tiveram destaque no aumento de preços.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também apresentou baixa, em São Luís, e registrou -0,28% no mês de janeiro. Foi a menor taxa percentual dentre todas as 16 regiões pesquisadas no Brasil. No mês anterior, o índice ficou em 1,82%, superado apenas por Belém (1,90%).

Tanto o INPC quanto o IPCA são calculados pelo IBGE. O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Ambos abrangem dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Atualização

Esta é a primeira divulgação da inflação oficial do País com base na nova cesta de produtos e serviços, que foi atualizada, a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, para acompanhar mudanças nos hábitos de consumo da população brasileira. É a primeira vez também que IPCA/INPC são divulgados com preços coletados por robôs virtuais em páginas na internet, isto para o subitem transporte por aplicativo.

A cesta de bens e serviços contém 56 novos produtos e serviços que ganharam relevância no consumo dos brasileiros nos últimos anos, como transportes por aplicativo e serviços de streaming. Entraram também no cálculo despesas relacionadas à vida saudável e estética, tratamento e higiene de animais domésticos e até o consumo de macarrão instantâneo. Outros itens, porém, perderam espaço ou foram excluídos do orçamento das famílias, como aparelhos de DVD, assinatura de jornais e máquinas fotográficas.