Taxa de desocupação recua no Maranhão pelo 3° trimestre consecutivo

A taxa de desocupação do Maranhão, no 4º trimestre de 2019, foi de 12,1%, registrando queda de 2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior (14,1%). A taxa do estado foi menor que a do Nordeste, que apontou 13,6% de desocupação no 4° trimestre de 2019. Em números absolutos, a quantidade de pessoas desocupadas no Maranhão caiu de 373 mil no 3° trimestre de 2019 para 321 mil no 4° trimestre. Foi o terceiro recuo consecutivo desse indicador de desocupação no Maranhão. 

Quanto ao comportamento da taxa de desocupação por sexo, uma vez mais, no Maranhão, seguindo o padrão do Brasil, repete-se a situação em que as mulheres têm mais dificuldade de encontrar trabalho. A taxa de desocupação foi de 10% para os homens, enquanto, entre as mulheres, foi de 15,1%. A diferença foi de 5,1 p.p., acima dos 3,9 p.p. constatados para o Brasil, em que a taxa, entre os homens foi de 9,2%, e de 13,1% entre as mulheres.

A taxa de desocupação por cor ou raça, no Maranhão, apresentou o quadro a seguir: população branca, 12%, contra 11,5% entre a população preta e 12,3% entre os pardos.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, referente ao 4° trimestre de 2019. A pesquisa acompanha as flutuações de diversos indicadores voltados para o mercado de trabalho.  

A PNAD Contínua apontou que o número de pessoas ocupadas no Maranhão, no 4° trimestre, subiu para 2.323.000. No 3° trimestre, eram 2.266.000 pessoas ocupadas. No entanto, parte desse aumento de pessoas ocupadas se deu principalmente por meio do trabalho informal. A pesquisa revelou que a quantidade de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada passou de 421 mil no 3º trimestre de 2019 para 465 mil no 4º trimestre do ano: um acréscimo de 44.000 pessoas. O empregado no setor privado sem carteira (R$ 831,00) tinha rendimento médio 47,2% menor que o empregado com carteira (R$ 1.574,00).

Já o trabalhador doméstico sem carteira (R$ 460,00) apresentava rendimento médio 54,3% menor que o trabalhador doméstico com carteira assinada (R$ 1.013,00).

Na média anual de 2019, a taxa de informalidade da força de trabalho no Maranhão foi de 60,5%, enquanto no Brasil foi de 41,1%. Quanto à taxa média anual de contribuição previdenciária, em 2019, dentre todos aqueles que tinham trabalho no Maranhão, foi de 39,3%, ao passo que a média para Brasil foi de 62,9%. Em 2019, a menor taxa média anual de contribuição previdenciária foi detectada no Pará, 38,2%, e a maior foi estimada em Santa Catarina, 81,2%. 

Do total de pessoas ocupadas no 4° trimestre de 2019, cerca de 57,4% estavam locados no Comércio/Reparação de Veículos, 22,9%, Administração Pública/Defesa/Seguridade Social/Educação/Saúde Humana/Serviços Sociais, 19,7%, e as Atividades do Setor Primário, 14,8%.

Indicadores sobre a subutilização da força de trabalho no Maranhão apontam que, no 4° trimestre de 2019, houve um recuo percentual na sua taxa composta: era de 41,6% no 3° trimestre de 2019, caindo para 38,2%, no último trimestre do ano. A taxa composta de subutilização é formada por três componentes e os números atinentes a cada um deles no 4° trimestre de 2019 foram: 1)  desocupados, 321.000; 2) ocupados com insuficiência de horas trabalhadas, 271.000; 3) força de trabalho potencial, isto é, pessoas que poderiam estar na força de trabalho como ocupados ou desocupados, mas, por razões diversas, não estavam, 674.000 pessoas. O somatório dos três componentes é de 1,3 milhão de pessoas subutilizadas no Maranhão. No Brasil, esse contingente chegou a 26,2 milhões no 4° trimestre de 2019, com taxa de 23%.  

O principal componente da força de trabalho potencial é o constituído por desalentados – aqueles que, por razões diversas, não tomaram providências para demandar trabalho, embora estivessem disponíveis caso emprego aparecesse. No 3° trimestre de 2019, o número de desalentados no Maranhão era de 592.000 pessoas, refluindo para 552.000 no 4° trimestre do ano. Piauí, 42%, e Bahia, 39%, possuem as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho.

Do total de pessoas desocupadas no Maranhão no 4° trimestre, 321 mil pessoas, 38,8% delas (125 mil) estavam procurando trabalho há 2 anos ou mais. Esse percentual para Brasil era de 25%, o que correspondia a um total de 2,9 milhões de pessoas.