O Sebrae, em parceria com o Banco Central, tem acompanhado a implantação do PIX e afirma que tem vantagens para as MPEs.
São Luís – Desenvolvido pelo Banco Central (BC), o Pix promete revolucionar o sistema de pagamento nacional, permitindo que pagadores e recebedores façam transações de forma instantânea e segura. Com custo de adesão menor do que o cobrado pelo demais meios eletrônicos, o Pix possibilita ainda a inovação e o surgimento de novos modelos de negócios.
O Sebrae, em parceria com o BC, tem acompanhado todas as etapas de implementação do Pix, novo meio de pagamentos e transferências e que já é operado, em fase de testes, por clientes selecionados. A ferramenta, que se soma a modalidades como boleto, TED, DOC e cartões, tem como diferencial o fato de permitir que transações sejam realizadas em qualquer dia e horário, incluindo fins de semana e feriados. A partir da próxima segunda-feira (16), todos os usuários que aderiram ao novo sistema poderão ter acesso a todas as funcionalidades do serviço.
“A instantaneidade e a segurança do Pix vão facilitar rotinas, melhorando a gestão financeira e gerando impactos positivos sobre o fluxo de caixa e até na entrega de produtos comercializados eletronicamente”, avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Como ainda se trata de uma novidade, o Sebrae ouviu empresários para conhecer e esclarecer as principais dúvidas sobre o novo serviço e reuniu respostas de especialistas do Sebrae e do BC.
O diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, Albertino Leal de Barros Filho, explica que a disponibilização imediata dos recursos tende a reduzir a necessidade de crédito porque o recurso entra na conta de quem recebe instantaneamente e facilita a automatização de pagamentos.
“O PIX é um meio de pagamento muito seguro e totalmente digital. O que esperamos que aconteça é a redução do uso do dinheiro em espécie, o que evita o risco operacional relacionado a transações com dinheiro físico, como necessidade de troco. Acreditamos que o PIX levará a melhoria da gestão financeira da empresa, porque o dinheiro fica imediatamente disponível na conta de quem recebe, sem ter que esperar um prazo de horas ou dias como acontece hoje, o que diminuirá a necessidade de crédito ou de antecipação de recebíveis”, observou o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão.
PREPARAÇÃO
Para os pequenos negócios poderem aceitar pagamentos com o Pix é preciso realizar alguns procedimentos. O primeiro passo é definir em qual conta irão receber os pagamentos com o Pix, que pode ser em um banco tradicional, em uma fintech, em uma financeira.
“Hoje tem mais de 700 instituições aprovadas pelo Banco Central para receber pagamentos com o Pix. No entanto recomendamos que o empresário pesquisa as condições e serviços oferecidos por estas instituições financeiras. As tarifas são diferentes em cada instituição financeira e é interessante observar as que oferecem tarifas mais em conta”, comentou o gerente da Unidade de Gestão de Soluções Empresariais (UGSE), César Viégas.O segundo passo é definir quais métodos de transação será usado na operação do Pix, que pode ser recebido com QR Code, ou Chave Pix. “Caso escolha o QR Code, é preciso observar se esta forma já está apto para ser integrado ao Pix, o que é feito por API padronizado pelo Banco Central. Após estas etapas, o empresário estará pronto para pagar e receber om o Pix. Por último escolha uma forma de incentivar seu cliente a pagar com o Pix, como desconto ou outra forma de incentivar o uso deste meio de pagamento”, finalizou Viégas.
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