A Campanha Julho Verde, desenvolvida durante todo este mês, visa levar informações e incentivar o diagnóstico precoce deste tipo de câncer.
O cigarro (inclusive os eletrônicos) e o álcool potencializam em até 10 vezes os riscos de surgimento do câncer de cabeça e pescoço. O alerta é feito pelo cirurgião de cabeça e pescoço da Oncoradium Imperatriz, Fábio Guimarães. Segundo ele, o fumante tem cinco vezes mais chance de desenvolver câncer de cabeça e pescoço. Se associado ao consumo de álcool, sobe para dez vezes as chances de se desenvolver este tipo de câncer.
Vale ressaltar que o câncer de cabeça e pescoço é um termo genérico que engloba uma série de tumores malignos que podem aparecer na boca, orofaringe, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide.
“Esse tipo de câncer é mais comum em pacientes de meia idade, de 40 a 60 anos. É um câncer mais comum em homens, porém, dos 40 mil novos casos estimados pelo INCA, 12 mil devem ser em mulheres. Também estamos tendo uma crescente de pacientes jovens”, ressalta Dr. Fábio Guimarães.
Entre os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço estão: nódulo persistente no pescoço, lesão na boca e rouquidão prolongada. O médico alerta para a necessidade urgente de procurar um médico especialista, caso esses sintomas apareçam. Segundo ele, também é recomendável procurar um cirurgião de cabeça e pescoço quando houver uma lesão na boca que não cicatrize espontaneamente em até 21 dias.
Pesquisas também apontam outros fatores de risco, como a falta de higiene oral, doenças genéticas e a infecção pelo papilomavírus (HPV). Este último é um fator de desenvolvimento do câncer de faringe, e o contágio por essa infecção é por meio da prática do sexo oral sem preservativos.
O diagnóstico precoce ainda é chave principal para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Por esse motivo, é desenvolvida a Campanha Julho Verde durante todo o mês de julho. O objetivo de levar informações e incentivar o diagnóstico precoce. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as lesões iniciais têm um prognóstico melhor. Já nos estágios avançados, a sobrevida pode cair para menos de 50% em 5 anos.