Pandemia deixou as pessoas mais vulneráveis ao consumo de alimentos industrializados.
Pandemia deixou as pessoas mais vulneráveis ao consumo de alimentos industrializados
Um a cada quatro brasileiros estão com excesso de peso ou obesos, ou seja, uma parcela de 60% da população enfrenta esse problema de saúde, considerada uma epidemia mundial. É o que revela o relatório “Cuidar de todas as formas”, manifesto sobre a obesidade assinado por várias entidades médicas nacionais. E a perspectiva para o futuro não é otimista: além de alta, o estudo prevê ainda que há uma tendência no crescimento desse número.
“A obesidade é acarretada por diversos fatores, mas falando em geral ela acontece quando a ingestão de calorias é maior que o gasto calórico. Então, para manter o peso ideal é necessário que se tenha um equilíbrio ou balanço energético, entre, a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia”, explica o professor do curso de Educação Física da faculdade Pitágoras de Imperatriz, Cleyton Carvalho.
O especialista adiciona ao contexto o período de pandemia de Covid-19 que deixou a população mais vulnerável ao consumo de alimentos industrializados. “Nesses alimentos industrializados se encontram muito açúcar, sódio e aditivos químicos, levando muita ingestão de calorias. Para acelerar a queima dessas calorias ingeridas deveriam ser realizadas atividades físicas intensas, porém o que aconteceu foi a diminuição delas devido a pandemia e percebeu o maior consumo de alimentos industrializados pela população”, pontua.
A obesidade, inclusive, é considerada fator de risco para o desenvolvimento das formas graves de Covid-19. Um estudo realizado pela Federação Mundial da Obesidade aponta que a taxa de mortalidade em países onde as pessoas estão com excesso de peso ou obesas é 10 vezes mais elevada, se comparada com países em que menos da metade da população encontra-se nessa condição.
Treinos aeróbicos e Covid-19 – Dentre as principais recomendações para o combate ao excesso de peso está a prática de atividade física regular. Segundo o especialista, os treinos aeróbicos podem, inclusive, reduzir a taxa de mortalidade por Covid-19.
Para quem deseja iniciar uma atividade física e está sedentária, o profissional recomenda que se inicie moderadamente, com treinos de baixa intensidade, desde que sejam aeróbicos, como correr, caminhar, pedalar e dançar. É importante também buscar a orientação de um profissional de Educação Física, que irá avaliar e aconselhar as atividades ideais, de acordo com seu objetivo e condição física atual.
Confira mais dicas:
– Faça um checkup para verificar se o corpo está apto à prática de atividade física;
– Para iniciantes, que buscam simplesmente qualidade de vida e bem-estar, é recomendado em torno de 150 minutos semanais divididos de 3 a 5 vezes por semana;
– Aumente gradativamente o tempo semanal ou a intensidade dos exercícios.
– Quem já prática regularmente atividades físicas mais intensas é importante estabelecer os objetivos para se determinar a duração que pode ser até 6 vezes por semana em uma intensidade mais elevada que o iniciante.