Pessoas com Fibromialgia são destaque na Câmara Municipal de Imperatriz

Em solicitação feita pelo vereador Jhony Pan (PL), nesta terça, 23 de novembro, foi instalada Tribuna Popular com a coordenadora local da associação brasileira de fibromialgia – ABRAFIBRO, Sra. Talilta Silva Chaves para tratar dos assuntos relacionados a portadores desta patologia.  

Talita Chaves esclareceu que é portadora de fibromialgia e desde de 2018 se encontra impossibilitada de trabalhar. Em função dos efeitos limitantes desta síndrome que afeta quase 7 milhões de pessoas no Brasil, onde quase 90% são mulheres entre 30 e 60 anos. A sociedade brasileira de reumatologia tem o posicionamento de que a fibromialgia é uma síndrome clinica que se manifesta principalmente com dor no corpo todo e muitas vezes fica difícil definir se a dor á nos músculos ou articulações. Junto com as dores surgem fadiga, cansaço, sono não reparador e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos, dormência, depressão, dores de cabeça, tontura, alterações intestinais e grande sensibilidade ao toque. Não existe ainda uma causa definida, mas estudos mostram que os pacientes apresentam sensibilidade maior a dor, como se o cérebro dos que sofrem desse mal interpretassem de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervosos para sentir mais dor. 

“Quem sofre de fibromialgia além das dores intensas, tem sintomas físicos e psicológicos como agorafobia, síndrome do pânico e repulsa a convivência social. Eu sofri muito, pois a maioria acredita que não existe a doença, já que ela não causa lesões e sim uma amplificação dos recursos nervosos. As clinicas não comprovam a doença, mas indicam tratamentos de fisioterapia, reumatologia, psicologia e outras especialidades. A depressão aumenta nos episódios de crise, junto com tristeza e infelicidade. Eu desde 2012 sofro desse problema que inclusive afetou minha visão e todos os médicos diziam que eu estava normal. Somente em 2015 fui diagnosticada e não conseguia sequer estar com minha família. Não conseguia trabalhar por conta da dor e estou em tratamento que foi dificultado pela pandemia”, descreveu. 

Em Imperatriz quem sofre desse mal não tem tratamento, pois não existe especialista e nem remédios gratuitos, por isso será apresentada em breve um Projeto de Lei de autoria de Ricardo Seidel (PSD) relacionada ao assunto, e já há uma lei federal em tramitação, que irá melhorar assim a qualidade de vida de quem sofre desta doença, que é invisível para o sistema de saúde e para a sociedade. 

Sidney Rodrigues 

Fotos – Fábio Barbosa