Especialista destaca pontos de atenção e cuidados quando a fofoca chega a atingir alguns níveis.
A fofoca é um hábito comum e que sofreu até variações com o passar do tempo. Diferente de antigamente, onde essa interação precisava ser feita inteiramente presencial, com o avanço da tecnologia, ela ganhou novas roupagens e evoluiu. Hoje, com as ligações por telefone, a fofoca ganhou mais impulso, por meio das conversas em aplicativos sociais, que permitem que esse curioso hábito aconteça em todo canto e a qualquer momento.
Existem fofocas privadas e coletivas. Quem nunca viu alguém soltando aquela novidade “bombástica” numa roda de conversa ou num grupo de Whatsapp? Elas podem ser tão coletivas ao ponto de serem transmitidas em programas televisivos e gerarem um público fiel que adora saber “os podres” na vida dos famosos.
Também tem os níveis de intensidade, tidos como aquele cochicho leve para dar um update na vida de uma pessoa, ou aquele pesado e comemorando, geralmente, o fracasso de alguém. Visto a preocupação com os níveis mais tóxicos da fofoca, até o Papa Francisco se pronunciou sobre o assunto uma vez: “Se algo dá errado, ofereça seu silêncio e suas orações ao irmão ou à irmã que cometeu um erro, mas nunca fofoque”, comentou o líder em 2020.
Fofoca pode ser sinônimo de prejuízo emocional
A psicóloga do Sistema Hapvida, Ana Emilia Godinho, comenta que praticamente todo ser humano já se envolveu de alguma forma em fofocas. A especialista aponta que, dependendo da intensidade, a inveja e o medo contidos nas mensagens são os principais impulsionadores desse ato, que quando é permeado por conteúdos distorcidos, mentirosos e gerando interpretações duvidosas, geram conflitos no âmbito familiar, do trabalho e nas relações sociais.
Ana Emília também aponta que essa prática pode evidenciar a baixa autoestima do sujeito, que desprende um certo tempo de sua vida a se importar com o que acontece na do outro e utiliza a fofoca como uma maneira de se conectar, de ter importância no contexto e algum poder sobre as pessoas.
“A curiosidade costuma alimentar esse impulso, contudo, a fofoca traz consigo consequências nocivas. Que tal usar da empatia e analisar até que ponto você gostaria que uma mensagem se espalhasse contra você? Também é uma questão de bom senso”, completa a psicóloga com uma importante reflexão.