Ferramenta de pagamentos instantâneos impulsiona negócios de pequeno porte. No Maranhão, a média de 86% supera o registro regional. Na Região, clientes do Crediamigo movimentaram R$ 7 bilhões em 2021.
Perder vendas por falta de opções de pagamento deixou de ser um obstáculo para a lojista Edna Maria Pereira, que atende no município de Zé Doca, no Maranhão. Ela aderiu ao Pix e viu suas vendas consideravelmente. A lojista é uma das clientes do Crediamigo que usam regularmente a ferramenta de pagamentos instantâneos. Em 2021, o programa de microcrédito urbano do BNB alcançou a cifra de R$ 7 bilhões em transferências via Pix em mais de 20 milhões de transações realizadas.
Entre as vantagens da ferramenta, Edna destaca principalmente a sua facilidade e popularidade, uma vez que a grande maioria das pessoas já utiliza a tecnologia e prefere não andar com dinheiro em espécie, até por questões de segurança. Ela também ressalta a rapidez e a ausência de taxas como motivos pelos quais prefere essa a outras formas de pagamento.
“O uso do Pix facilitou bastante, tanto para nós lojistas, como para nossos clientes. A ferramenta trouxe uma facilidade no pagamento, pois muitos clientes preferem não andar com dinheiro em mãos, e aqui na loja temos uma grande procura por pagamentos virtuais. Quando o cliente pergunta qual forma de pagamento pode fazer, prefiro o Pix, por não precisar pagar taxas que são cobradas em outras formas de pagamento”, argumenta a empreendedora, que está na atividade desde 2014.
De acordo com a superintendente de Microfinança e Agricultura Familiar do BNB, Lúcia Barbosa, o Pix caiu rapidamente no gosto popular por sua praticidade, tendo provocado, em pouco tempo, uma revolução no sistema de pagamentos brasileiro.
O Pix pode ser visto como uma ferramenta de inclusão social e bancarização, na medida em que impulsiona as vendas de pequenos empreendedores e os familiariza com as movimentações conta corrente”. Atualmente, destaca a gestora, o Crediamigo tem 1,2 milhão de chaves Pix cadastradas.
Pix versus pandemia
Segundo relatório do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), baseado em pesquisa do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os pequenos empreendimentos que utilizaram Pix durante a pandemia tiveram menor perda no faturamento. A redução de receitas dos que usaram Pix foi de 33%, enquanto a dos que não utilizaram a ferramenta de transferência instantânea chegou a 44%.
O Nordeste (81%) é a terceira maior região em quantidade de pequenos negócios com chaves Pix cadastradas nas instituições financeiras habilitadas. Entre os estados da área de atuação do BNB, Piauí (89%), Paraíba (88%), Rio Grande do Norte (87%) e Maranhão (86%) superam a média regional.