O dia 11 de abril é marcado pelo Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, momento oportuno para os profissionais e especialistas da comunidade médica promoverem informações sobre a enfermidade, que é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente do mundo, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVSMS).
Atentar a população que, quanto mais cedo a procura médica é realizada, mais assertivo e eficaz pode ser o tratamento, é uma das missões da data internacional que foi criada em 1998, pela Organização Mundial de Saúde, com o objetivo de gerar mais compreensão dos pacientes e familiares na hora de lidar com as dificuldades da doença.
O neurocirurgião do Sistema Hapvida, Eustáquio Campos, reforça sobre a importância da procura médica no tempo adequado. “Na grande maioria das doenças, o diagnóstico precoce é muito importante, pois a resposta ao tratamento costuma ser muito melhor quando a doença é descoberta na fase inicial”.
Como identificar a doença?
Eustáquio explica que a Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso que compromete a produção de um neurotransmissor, chamado dopamina, carência essa que resulta em alguns sintomas.
Sintomas
O neurocirurgião do Sistema Hapvida enumera os sintomas mais comuns da doença:
– Os tremores assimétricos: no início da doença costuma aparecer esse tipo de tremor que acomete mais algum membro ou lado do corpo;
– Tremor de repouso: quando a pessoa está parada, o tremor é mais evidente do que quando o corpo, ou membro, está em movimento;
– Rigidez nas articulações;
– Bradicinesia: uma dificuldade na iniciação dos movimentos voluntários e lentidão na execução dos reflexos;
– Alterações da mímica facial, com a perda da expressão no rosto nas fases mais avançadas da doença.
“Existem demais sintomas como as alterações autonômicas (disautonomia), comprometimento cognitivo e da memória. Há inclusive casos em que a Doença de Parkinson tem o tremor como sintoma menos proeminente, por isso a avaliação de um especialista é fundamental no estabelecimento do diagnóstico”, acrescenta Eustáquio.
Tratamento
O tratamento é multimodal, desde a fase clínico-medicamentosa, passando pela reabilitação fisioterápica. Em alguns casos é necessário o tratamento cirúrgico que pode ser feito através de duas técnicas:
– Técnica ablativa: onde há uma destruição proposital por parte do neurocirurgião, no ato cirúrgico, de uma determinada área do cérebro para ajudar no controle do tremor;
– Técnica neuromoduladora: é feita através de um instrumento chamado DBS (estimulação cerebral profunda) que faz a modulação cerebral.
Eustáquio lembra que o tratamento cirúrgico depende de cada caso em específico, onde é respeitada uma série de critérios, para assim indicar ou não, o tratamento através da cirurgia.
Portanto, quando a pessoa identifica qualquer sinal inicial, deve procurar de imediato um médico especialista, como um neurologista ou clínico geral, para fazer os diagnósticos iniciais.