O que é a frenectomia lingual e por que ela influencia na amamentação?

Especialista explica o quanto o freio lingual pode atrapalhar a alimentação dos bebês.

A língua é um órgão muscular fundamental para o paladar, a alimentação e a comunicação. Os bebês, por exemplo, passam por uma avaliação da estrutura desse órgão constituído de músculos, inclusive do ligamento que une a parte inferior da língua à base da boca, chamado de frênulo, um conhecido “freio” lingual que pode desencadear uma série de problemas.

A atenção com a estrutura do frênulo é necessária, já que uma simples alteração gera dificuldades na amamentação do bebê, como explica o médico odontologista e professor da faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED FAMEAC), Vagner Gomes. “O recém-nascido sente dificuldade de mamar, pois não consegue realizar a sucção de maneira adequada, algo que prejudica sua alimentação e aproveitamento dos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento”.

Vagner aponta que, além do cuidado com a amamentação natural, a correção do frênulo, ou “língua presa”, como é popularmente conhecido, ajuda no desenvolvimento da estrutura que envolve a própria língua, o maxilar e da mandíbula, estruturas importantes para uma boa mastigação, degustação e evolução da fala e comunicação.

Caso seja identificado no diagnóstico um freio lingual, o procedimento cirúrgico, chamado de frenectomia, é a solução para evitar problemas futuros, corrigindo por meio da remoção completa ou parcial do frênulo. Dependendo do caso, outros caminhos podem auxiliar. “A cirurgia melhora substancialmente o quadro dos pacientes que necessitam dessa correção. O estímulo fisioterápico em casos considerados menos sérios é eficaz, aumentando o volume dos músculos em relação ao crescimento dos ossos, o que descarta a necessidade de cirurgia. Isso depende muito do diagnóstico e da atuação de uma equipe multidisciplinar, que é importantíssima”.

É importante ressaltar que resolver a alteração no frênulo é sinônimo de bem-estar e evita problemas futuros, que podem gerar dificuldades escolares, pela limitação na pronúncia, na fala e consequentemente no aprendizado, além de prevenir dificuldades que impeçam uma mastigação e deglutição natural.

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