Em recente entrevista que concedeu, por videoconferência, ao renomado jornalista Juca Kfouri, o ministro da Justiça e Segurança Pública e senador licenciado, Flávio Dino (PSB), afirmou que tem usado o bom humor como ferramenta para dar mais leveza à dura missão que cumpre no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Midiático ao extremo, Dino postou em suas redes sociais um recorte da entrevista, em que tenta explicar seu tom jocoso quando emparedado pela oposição ou quando se vê diante de perguntas embaraçosas da imprensa livre.
Flávio Dino se queixou das dificuldades que enfrenta no exercício do cargo que hoje ocupa, principalmente da tarefa de combater a violência. Mas, em vez de dar ênfase ao sofrimento da população brasileira com a criminalidade cotidiana, preferiu apontar a si próprio como vítima, mencionando as audiências das quais participou no Congresso Nacional, quando teve que explicar o seu trabalho, posicionamento político e ideologia a deputados e senadores de oposição.
Abusando de termos rebuscados, talvez para disfarçar sua mensagem deturpada e desprovida de verdade, Flávio Dino atacou aqueles que contrapõem seu discurso. E chegou a comparar seus adversários aos abomináveis líderes nazifascistas Adolf Hitler e Benito Mussolini, afirmando desconhecer fotos dos dois expurgos históricos rindo. Cinicamente, o ministro não fez qualquer menção a outra figura não menos perversa, Josef Stalin, ditador comunista soviético, a quem são atribuídas as mortes de milhões de pessoas, entre inimigos políticos e compatriotas inocentes.
Em.meio a tanta falácia, cabe fazer um parêntese. Qualquer maranhense em idade adulta, por minimamente informado que seja, guarda na memória os sete anos e três meses de maldade seletiva em que Flávio Dino foi governador do Maranhão. Em quase dois mandatos completos como ocupante do Palácio dos Leões, o comuno-socialista aniquilou rivais políticos e intimidou jornalistas, radialistas e blogueiros com sucessivos processos judiciais, que resultaram em sentenças como pagamento de multas e até ameaças de prisão. A população em geral e a imensa maioria das empresas do estado também foram massacradas pelo então governador, que impôs duro golpe na economia ao aplicar uma série de aumentos de impostos.
A julgar por sua vida política pregressa tão desabonadora, marcada por incontáveis atos de tirania, que fez parte do exercício diário do poder, Flávio Dino exagera na hipocrisia ao dizer que confronta o ódio com bom humor. No seu caso, qualquer gracejo se confunde com sarcasmo, frieza e com o mais rasteiro deboche.
Clique aqui e assista ao vídeo em que Flávio Dino alardeia o seu suposto bom humor como arma para confrontar o ódio do qual diz ser vítima.
Fonte: Oestado por Daniel Matos