A representação feminina na produção rural do Maranhão

Estado possui mais de 130 mil produtores rurais e mulheres são quase 40%;

Agronegócio corresponde a 7,9% de todas as riquezas produzidas no Brasil
 

As mulheres têm desempenhado um papel fundamental no agronegócio em todo o mundo. Elas têm contribuído significativamente para o setor, tanto em atividades rurais como em funções de gestão, pesquisa e inovação. Nos últimos anos, a participação das mulheres no agronegócio tem aumentado, permitindo que elas conquistem posições de liderança e influência em diversas áreas do setor.
 

Segundo levantamento do Observatório das Mulheres Rurais do Brasil, as mulheres respondem por pouco mais de um terço da população ocupada no agronegócio. Somente no Maranhão quase 40% delas gerenciam fazendas. O Estado possui mais de 130 mil produtores rurais e 39,5% das propriedades rurais são gerenciadas por mulheres, isto é, aproximadamente 12 mil.
 

Para Thaynara Frazão, Engenheira Agrônoma da Faculdade Anhanguera, o agronegócio do Maranhão evidencia a representatividade feminina e mostra que as mulheres têm ocupado cada vez mais os cargos de liderança nesse setor. Para a especialista, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados para promover uma maior inclusão das mulheres no agronegócio. Thaynara dá como exemplo as restrições culturais, desigualdade de gênero, falta de acesso a recursos e oportunidades e a persistência de estereótipos de gênero no setor.
 

“Apesar das dificuldades, avalio como um novo entendimento do mercado e uma transformação social. É importante que nós, mulheres, continuemos nos especializando nessa área, que engloba fazer planos, gestão e análises empresariais, como também, atentas à agricultura e à economia do País. O Maranhão tem sido referência nesse empoderamento feminino e dominar esse cenário é primordial para seguirmos na ocupação de nossos espaços”, analisa


*No Maranhão, por conta do crescimento do público feminino na produção rural, foi criado um grupo chamado de ‘As Fazendeiras’, que incentiva a liderança feminina em cargos de gestão que antes eram ocupados somente por homens. A iniciativa conta com participantes de outros estados e até de outros países e foi criado em 2018. Atualmente, participam 200 mulheres e Laís Moi, é a fundadora. O grupo realiza palestras educativas que incentiva a entrada de outras mulheres no agronegócio maranhense. As integrantes vivem da agricultura, pecuária e outros segmentos dentro da área.
 

A PRODUÇÃO RURAL

A profissão se responsabiliza por desempenhar um papel fundamental na qualidade de vida de todas as pessoas a partir do cultivo de “produtos da terra”, como frutas, hortaliças e vegetais, cuidar dos animais e obter matérias-primas de origem agrícola. Esta profissão produz alguns dos principais bens essenciais para o sustento do país e, portanto, grande parte dos alimentos consumidos no Brasil passam pelos produtores rurais antes de chegarem aos grandes centros de distribuição.
 

Para se ter uma ideia da dimensão econômica do setor e da importância do agricultor, dados do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), de 2022 revelam que agronegócio corresponde a 7,9% de todas as riquezas produzidas, gerando 13,96 milhões de empregos e totalizando US$ 159,09 bilhões em exportações pelo País.
 

“O Brasil é amplamente reconhecido por sua alta produção agrícola. Dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) reforçam o quanto o País se destaca internacionalmente nesse setor, correspondendo a cerca de 10% da produção mundial de grãos e oleaginosas. Além fornecer alimentos essenciais, os agricultores são responsáveis pelos insumos e matérias-primas de vários itens do nosso dia a dia, como, por exemplo, roupas, cadernos, borrachas, móveis, combustíveis e etc”, destaca Thaynara.

Por fim, a engenheira agrônoma da Faculdade Anhanguera aponta algumas das formas em que as mulheres estão envolvidas no agronegócio. Confira:

  • Agricultura familiar;
  • Empreendedorismo rural;
  • Gestão e administração;
  • Pesquisa e inovação;
  • Acesso a crédito e treinamento;
  • Liderança em organizações rurais;
  • Sustentabilidade e responsabilidade social.

Sobre a Anhanguera

Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores.

Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País.

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros.

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