Convidado foi o chefe da Unidade de Obstetrícia do Hospital Universitário Materno Infantil, médico ginecologista e obstetra Antônio Rosa
Agência Assembleia
O programa ‘Pautas Femininas’ desta segunda-feira (14), que foi ao ar pela Rádio Assembleia (96,9), das 14h às 15h, recebeu o chefe da Unidade de Obstetrícia do Hospital Universitário Materno Infantil, médico ginecologista e obstetra Antônio Rosa. Ela conversou com as apresentadoras Josélia Fonseca e Régina Santana sobre a Semana Mundial de Aleitamento Materno, dentro da programação do ‘Agosto Dourado’. A campanha ocorre em todo o Brasil.
Antônio Rosa explicou que, nesta edição, o tema é “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”. “Falamos de uma semana, mas, na verdade, é um mês inteiro que dedicamos a essa temática. É algo de suma importância para a mulher, para a saúde do bebê e para toda a sociedade. E é um tema que repercute diretamente na mulher moderna, que trabalha e, muitas das vezes, é a fonte de renda de toda a família”, frisou Antônio Rosa.
Ela informou, entre outras coisas, que o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) preparou uma programação especial voltada a esse tema e direcionada à equipe de saúde e mães e pais com filhos internados na Unidade Materno Infantil.
Nesta terça-feira, às 10h, haverá o ‘Quiz Amamentação’, com mães e pais do Ambulatório. No dia 16, às 10h, na Sala de Espera, haverá ‘Teste da Linguinha’. No dia 17, das 10h às 16h, será a vez da ‘Roda de Conversa’ sobre direitos da mulher trabalhadora que amamenta. Nos dias 24 e 25, será realizado o ‘Simpósio de Amamentação’, no Hospital Materno Infantil. E no dia 31, com o encerramento da campanha, apresentação de um coral formado por residentes do hospital.
O médico frisou que até os seis meses de idade, a mãe deve suprir o bebê exclusivamente de leite do peito, e somente depois deve dar outros tipos de alimentos. “O ideal é que mantenha o aleitamento até os seis anos, que é bom tanto para o bebê quanto para a mãe, pois diminui risco de doença, principalmente de cânceres ginecológicos”, lembrou Antônio Rosa.
Ele destacou que o tema deste ano da campanha está sendo revisitado. “Uma vez que estamos no pós-pandemia e houve ações governamentais para proteger essa mulher e mantê-la amamentando fora do risco de contrair a Covid. Depois dessa fase, muitas relações empregatícias ficaram fragilidades. Percebemos que a grande maioria, principalmente de baixa renda, pelas dificuldades de manter essa aleitamento após o retorno da licença maternidade, se ausentou do trabalho para manter o processo. Isso é grave porque a mãe acaba perdendo uma parte da renda da família”, explicou.
Ele acrescentou dizendo que a mãe precisa de uma estrutura mínima no ambiente de trabalho para que possa fazer a coleta do leite do peito e levar para casa. “São poucas as empresas que têm esse espaço de amamentação. O governo federal desenvolveu um plano piloto para que os postos de saúde tenham salas de amamentação. Afinal, o leite humano é insubstituível”, disse.
Este ano, segundo ele, os empresários também estão sendo mobilizados para que atentem para a importância do aleitamento. Ele ainda aproveitou o programa para fornecer os canais de apoio às mães que precisam de orientações. São o telefone 2109-1178 e o Whatsapp: (98) 9163-6833.
O médico também falou sobre a grande demanda do banco de leite materno. “Nós não conseguimos superar os 60% do que precisamos para os bebês. Gostaríamos de ter 100%. Aquelas mulheres que queiram doar, podem fazê-lo sem sair de casa. Ela coleta em casa com nossa orientação e depois mandamos buscar”, explicou.