Câncer bucal é um dos mais comuns entre homens

Cirurgiã dentista da Hapvida NotreDame Intermédica ensina a fazer o autoexame para identificar lesões suspeitas

O mês de novembro é marcado por ações de prevenção ao câncer bucal, uma campanha que tem, como objetivo, promover conscientização em torno da doença. A mobilização é de suma importância, já que as estatísticas impressionam: de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a neoplasia é a quinta mais comum entre pessoas do sexo masculino no Brasil e a oitava em mortalidade nesse grupo, sendo mais prevalente em homens com idade acima de 40 anos.

A cirurgiã-dentista da Hapvida Interodonto, Ana Luísa Nolasco, explica que o câncer bucal é um tumor maligno que pode afetar lábios, gengiva, bochecha, palato e língua. Os sintomas se manifestam de diversas maneiras. Os principais sinais de alerta são lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, podendo apresentar sangramento. 

Outros indícios são manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, no céu da boca ou nas bochechas, bem como nódulos na região do pescoço ou rouquidão persistente.

De acordo com a profissional, os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer bucal são a exposição excessiva ao sol, o consumo de álcool, o tabagismo e uma higiene bucal inadequada.  “Em casos mais avançados, pode haver dificuldade na mastigação, na deglutição, na fala, sensação de algo preso na garganta e dificuldade na movimentação da língua”, completa Ana Luísa.

Autoexame

A cirurgiã-dentista comenta que o autoexame é um fator essencial para identificar possíveis alterações iniciais e encaminhá-las ao tratamento adequado precocemente. “Realize o autoexame diante do espelho para visualizar melhor a boca. Examine o palato, a língua, a gengiva, os lábios e o assoalho bucal, além da área do pescoço. Observe coloração, manchas, feridas e nódulos”, indica.

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e proporciona uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Lembre-se de que o autoexame não substitui o exame clínico realizado por um profissional especializado.