Pesquisa publicada em revista americana associa atrasos cognitivos ao uso excessivo de smartphones
Um dos maiores desafios da educação parental na atualidade é lidar com o tempo de tela permitido às crianças. De acordo com pesquisa publicada no The Journal of the American Medical Association Pediatrics, o hábito está diretamente ligado a atrasos no desenvolvimento da linguagem, coordenação motora e habilidades sociais infantis.
Entretanto, a correria do dia a dia faz com que muitos pais precisem recorrer a este artifício para entreter os filhos, especialmente durante as férias escolares. Para a docente do curso de Pedagogia da Estácio, Jeanne Maciel, o importante é buscar o equilíbrio para que o uso do celular e dos serviços de streaming na televisão não sejam as únicas formas de lazer e entretenimento para as crianças.
“O que preocupa é a parcela de tempo que a criança está sendo entretida de forma passiva nas telas, consumindo vídeos e até conteúdos que não são indicados para sua faixa etária, em relação ao tempo que passa interagindo com outras crianças, ou com seus pais, em brincadeiras onde participam ativamente que estimulam a imaginação, criatividade e atividade física; uma não pode substituir a outra”, alerta a especialista.
A pedagoga aproveita e lista atividades que podem ser postas em prática com crianças de todas as idades: tempo de leitura e pintura, jogo da memória, montar quebra-cabeças, aventuras ao ar livre, na praça ou no bosque, brincadeiras de pega-pega, esconde-esconde, correr, pular corda e jogar bola.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado é que, até dois anos de idade, os pequenos não tenham acesso a conteúdo em TVs e smartphones, mesmo que passivamente. Já crianças de dois a cinco anos devem se expor a uma hora por dia; entre seis e dez anos, o tempo aumenta para duas horas diárias e, para os maiores, a orientação é de até três horas por dia, evitando o uso do celular durante as refeições e perto da hora de dormir, e sempre acompanhado por um adulto.
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