Prefeitura promove roda de conversa sobre acessibilidade, direito e respeito

Momento reuniu pessoas com deficiência visual e de baixa visão.

Prefeitura promove roda de conversa sobre acessibilidade, direito e respeito

 A rede municipal atende 34 estudantes cegos ou com baixa visão, bem como disponibiliza ledores para acompanhamento escolar (Foto: Sara Ribeiro)

No Dia Nacional do Sistema Braille, 08 de abril, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com iniciativa do Setor de Inclusão e Atenção à Diversidade (Siadi) promoveu roda de conversa sobre “Acessibilidade, direito e respeito”, bem como a importância do Sistema Braille, além das dificuldades e inovações.

O evento contou com a presença de alunos, cursistas e dos profissionais da área, como Leila Lopes, coordenadora do Siadi; Eryka Fernandes, ledora e integrante do núcleo de acessibilidade da Uemasul (Nace); Simone Carvalho, mãe atípica e ledora da rede municipal e Veriano Júnior, representante da Associação dos Deficientes Visuais de Imperatriz (Asdevi).

Diálogo foi realizado na Biblioteca Louis Braille, espaço no Siadi direcionado para a pessoa com deficiência visual, na oferta de atendimento para a leitura e escrita. O espaço disponibiliza mais de 270 títulos, entre acervo de audiobooks, livros didáticos, paradidáticos, literatura universal, legislação, atlas e a Bíblia.

“As questões da inclusão na rede municipal perpassam pelo Siadi. E em data tão significativa tínhamos que dar uma visibilidade, pois o braille é um instrumento de transformação, jamais estará defasado, pois mesmo com as tecnologias assistivas é através dele que possibilitamos ao cego ou a pessoa com baixa visão de reconhecer os códigos de comunicação utilizados em meio social”, observou Leila Lopes, coordenadora do Siadi.

Convidada para a roda de conversa, a profissional Eryka Fernandes, ressaltou que foi através do braille que conseguiu adentrar o mercado de trabalho. “O braille é o principal instrumento de alfabetização da pessoa com deficiência visual, ele desempenha papel muito importante na sociedade dando acesso às pessoas com deficiência visual à leitura e escrita. E, foi graças ao Siadi, que me encontrei no braille e consegui trabalho também através dele”.

Além da biblioteca, o Siadi oferece cursos de Braille para capacitação de professores e comunidade em geral. Por ano, são disponibilizadas mais de 100 vagas em turmas de formação de Ledor /transcritor e Alfabetização do Sistema Braille, assim como em Tecnologias Assistivas Digitais aplicadas à Deficiência Visual – uso de ferramentas como celular e computador.

“Ao todo, a rede municipal atende 34 estudantes cegos ou com baixa visão, bem como disponibiliza 21 ledores para acompanhamento escolar, para os aluno que necessitam de ledor. Também há um professor orientador e material didático adequado para os alunos”, informou José Antonio Pereira, secretário de Educação.

Sofia Vitória Melo, estudante do 9º ano da Escola Municipal Morada do Sol, observa que o sistema foi primordial no seu processo de aprendizagem. “O braille me ajuda muito, pois como sou deficiente visual total não tinha outra forma de aprender. O braille me ajuda a fazer o que eu gosto que é ler e escrever”.