Redução do uso de celular por parte das crianças; neuropsicóloga faz o alerta

Anna Rúbia afirma que pais devem estar atentos aos comportamentos dos filhos e correlaciona o hábito com fatores como ansiedade, depressão, entre outras patologias;

Cerca de 96% de crianças e adolescentes usam celular no Brasil

A ampla utilização das redes sociais e a multiplicação do acesso aos vários aplicativos e jogos on-line direcionados às crianças e adolescentes estão contribuindo para o aumento significativo do tempo gasto em equipamentos como celulares e tablets no país. Segundo um estudo recente realizado pela McAfee, o Brasil registrou o maior resultado sobre o uso de celular entre crianças e adolescentes, atingindo uma taxa geral de 96%.

 Além disso, o uso desses dispositivos tem começado cada vez mais cedo, sendo que 95% delas acessam a internet por meio de um smartphone pessoal, 19% acima da média global nessa idade. 

 Os dados preocupam especialistas da saúde, como também os pais que buscam alternativas diversas para entreter os filhos em casa, sem o uso de dispositivos móveis. Durante os finais de semana, o desafio se torna ainda maior, pois, com tanto tempo livre e longe dos estudos, muitas crianças e adolescentes sentem-se ociosos, o que instiga o uso desses aparelhos.

 A imersão excessiva nas redes pode trazer sérios riscos à saúde mental desses usuários, é o que explica a neuropsicóloga Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa, coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera. Segundo a especialista, as redes sociais, por ecemplo, fazem parte do atual contexto social e em muitas vezes são tidas como prioridade no cenário cultural, no qual a sua inserção se dá cada vez mais cedo. 

 “O uso de forma imprudente e excessiva de tecnologias e até de redes sociais tem gerado grandes impactos à saúde mental dos indivíduos, e os números são alarmantes, principalmente quando falamos do público jovem (crianças, pré-adolescentes, adolescentes e jovens adultos)”, alerta. 

A neuropsicóloga explica, que o suo exagerado contribui para elevados níveis de ansiedade, depressão, entre outras patologias, por isso que os pais devem controlar o uso desses aparelhos e principalmente dos conteúdos acessados por parte dos filhos. 

 Anna Rúbia exemplifica que o fato de uma criança estar exposta a uma gama de informações de forma desenfreada e muitas vezes não compatível com a sua idade, pode impactar na sua autoestima, entre outros malefícios.

 Por fim, Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa dá algumas orientações aos pais sobre o uso de tecnologias por parte dos filhos. Confira:

Estabeleça um tempo de acesso (horários de uso); 

Impacto no desenvolvimento social e emocional: O uso excessivo de celulares pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais das crianças. Quando as crianças passam muito tempo em seus dispositivos, podem ter menos oportunidades de interagir com seus pares em um ambiente real, o que é essencial para o desenvolvimento saudável;

Risco de vício: Os smartphones são projetados para serem cativantes, e crianças podem facilmente se tornar viciadas em jogos, mídias sociais e outras atividades online. Isso pode interferir no equilíbrio entre a vida online e offline;

Exposição a conteúdo inadequado: A internet contém uma grande quantidade de conteúdo não apropriado para crianças. Mesmo com filtros e controles parentais, sempre há o risco de as crianças encontrarem conteúdo inadequado;

Impacto na saúde física: O uso excessivo de dispositivos móveis pode levar a problemas de saúde física, como falta de exercício, problemas de sono devido à exposição à luz azul dos dispositivos e posturas inadequadas que podem resultar em dores no pescoço e nas costas;

Risco de ciberbullying e assédio: As crianças podem ser alvo de ciberbullying e assédio on-line, o que pode ter graves consequências para sua saúde mental;

Distração na escola: O uso de celulares na escola pode ser uma grande distração para as crianças, interferindo em seu aprendizado e desempenho acadêmico; 

Perda de tempo: Passar muito tempo em dispositivos móveis pode levar as crianças a perderem tempo que poderiam dedicar a atividades mais construtivas e educacionais;

Lugar de criança não é no celular e nas redes sociais. Monitore seus filhos! 

Anna Rúbia Pirôpo Vieira da Costa: Psicóloga Clínica, Neuropsicóloga, Consultoria de Recursos Humanos. Profissional com mais de 10 anos de experiência com Psicologia Clínica atuando com Atendimento Psicológico, Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica. Atuação na área organizacional com Gente e Cultura, Recursos Humanos, e sólida vivência em estratégias de R&S, T&D, Gestão de orçamento, propostas de mudança de estrutura, implantação de avaliações de desempenho e de feedbacks organizacionais para os gestores e suas equipes. Experiência na área de HRBP e Desenvolvimento Organizacional. Docente do Ensino Superior com experiência na coordenação dos cursos de Psicologia e Educação Física na Faculdade Anhanguera. 

Sobre a Anhanguera 

Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelonglearning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno.São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores. 

Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir decompetências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País. 

Com grandepenetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros.  

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