Durante o ano inteiro, especialistas reforçam a importância da vacinação para proteger não apenas os pets, mas toda a comunidade. Segundo o zootecnista e professor da Facimp Wyden, Diego Amorim, a raiva é uma zoonose, ou seja, é transmissível ao ser humano, e afeta várias espécies. “No ambiente urbano, cães e gatos são os principais acometidos, mas a doença também pode aparecer no ambiente rural, em bovinos, equinos, suínos, caprinos e em animais silvestres como raposas, guaxinins, macacos e, principalmente, morcegos”, explica.
De acordo com publicação do Ministério da Saúde, o último registro de uma pessoa infectada com raiva no Maranhão foi em 2021. O animal transmissor foi uma raposa. A única maneira eficaz de prevenir essa doença é através da vacinação, uma medida essencial para garantir a saúde dos animais e das pessoas.
A raiva é transmitida pela saliva de animais infectados, por meio de mordidas, lambidas e/ou arranhões. O professor explica que os primeiros sintomas são muitas vezes comportamentais, antes de evoluírem para sinais mais conhecidos, como a salivação espumosa. “O animal se isola, evita ambientes com muita claridade, pode perder a coordenação motora, apresentar apatia ou até mesmo aumento de agressividade e perda de apetite. A saliva espumosa aparece em um estágio mais avançado”, detalha o zootecnista.
VACINAÇÃO
A vacinação contra a raiva é essencial para manter os pets protegidos e evitar a transmissão da doença. “Mantendo seu animal vacinado, o tutor garante que ele estará protegido no caso de exposição ao vírus. Além disso, é uma responsabilidade com a comunidade em que vivem, pois evita a transmissão para outros animais e humanos”, destaca Diego Amorim.
A vacina em animais deve seguir um cronograma rigoroso. Para cães e gatos, o reforço é anual. Em áreas rurais, onde a raiva silvestre pode ser mais frequente, o cronograma para rebanhos pode ser semestral. O professor adverte sobre os riscos de não seguir o cronograma: “Ao não vacinar, os animais ficam vulneráveis ao vírus, comprometendo a saúde não apenas do pet, mas também das pessoas em volta”.
A vacinação em massa de pets tem um papel crucial na erradicação da raiva em áreas urbanas e rurais. Amorim ressalta que a vacina estimula o organismo do animal a produzir sua própria defesa contra o vírus. “A vacinação garante que a doença não seja transmitida de animal para animal e, principalmente, de animal para humano. No entanto, essa proteção é temporária, e por isso é essencial seguir o calendário anual de vacinação”, afirma.
Embora seja possível erradicar a raiva em áreas urbanas e rurais, a erradicação total do vírus em ambientes silvestres é difícil, o que torna a vacinação ainda mais importante. “Não há tratamento ou cura para a raiva, e a única forma de garantir a saúde dos pets e rebanhos é através da vacinação”, conclui o professor.
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James Pimentel – Assessor de Comunicação