Especialista indica o acompanhamento profissional, mostra como identificar sinais da doença e os caminhos para o melhor tratamento
Você sabia que entre 25% e 40% dos pets no Brasil sofrem com obesidade ou sobrepeso? Esses dados foram revelados por uma pesquisa realizada pelo Banfield Pet Hospital, apontando uma realidade preocupante para os animais que convivem com essas condições. Na maioria dos casos, no entanto, a obesidade pode ser evitada, conforme explica Fernanda Karollyne, preceptora do curso de Medicina Veterinária da faculdade Facimp Wyden.
A especialista ressalta que a prevenção da obesidade passa por pequenos detalhes e cuidados na rotina do pet. Equilibrar a quantidade de ração oferecida pode ajudar, especialmente para cães e gatos que têm tendência a comer mais do que deveriam. “Quando você deixa a ração à vontade para o pet, ele tende a comer além do necessário. Gatos castrados, por exemplo, também apresentam maior propensão a desenvolver obesidade devido à alimentação, já que os tutores costumam deixar mais comida do que eles precisam”, explica Fernanda.
Outro grande vilão no desenvolvimento do sobrepeso e obesidade é o uso excessivo de petiscos. Muitos tutores não resistem e oferecem alimentos como pão, presunto, cuscuz, carne e outras comidas de consumo humano. Tudo isso contribui significativamente para o ganho de peso excessivo. Portanto, resista àquela carinha que apela para um pedacinho do que sobrou em sua refeição.
E quando o animal está obeso?
Se o animal apresenta dificuldade de caminhar, mudanças no corpo, está com problemas respiratórios e fica cansado rapidamente em simples locomoções, tudo isso pode ser um indicativo de que ele está obeso. Diante disso, é fundamental avaliar uma dieta balanceada e regrada, com o consumo de rações menos calóricas, como as rações light. Esse tipo de alimento ajuda a controlar o peso do pet enquanto outras medidas podem ser definidas em conjunto com o médico veterinário para tratar a doença. Existem também rações específicas para o tratamento da obesidade, como as da linha anti-obesidade, mas tudo isso deve ser feito com a orientação de um especialista.
“Outro ponto essencial é incentivar a prática de atividades físicas. Assim como os humanos, o movimento é crucial para a perda de peso. No caso dos gatos, algumas estratégias podem ser adotadas, como colocar potes de ração em locais mais altos, incentivando-os a subir e se movimentar. Para os cães, passeios regulares, corridas leves e até mesmo natação são ótimas opções para se exercitarem e favorecem a perda de peso”, completa Fernanda.
Lembra da pesquisa mencionada anteriormente? Ela ainda revelou que, embora 95% dos entrevistados se preocupem com a obesidade de seus cães e gatos, 41% adiam a ida ao veterinário devido ao problema. Por isso, o acompanhamento do médico veterinário é indispensável, pois alguns cuidados específicos devem ser tomados ao implementar dietas e outras ações, garantindo que com as indicações do profissional, o animal não fique doente e nem corra riscos de desenvolver problemas relacionados à perda abrupta de peso.