Sem móveis, revestimento acústico, climatização e subestação de energia elétrica, ex-prefeito colou placa de inauguração.
Uma obra inacabada, mas oficialmente “inaugurada” no apagar das luzes da administração passada. O Conservatório de Música de Imperatriz, no Santa Rita, está mais para um esqueleto do que para um equipamento público dado com “entregue à população”. A obra consumiu todos os recursos oferecidos pela Eletronorte, mas que, naquilo que dependia dos esforços da Prefeitura, ficou na estaca zero.
No início da semana foi noticiado que o conservatório, “inaugurado” no ano passado, estaria abandonado e sendo saqueado. A pessoa encarregada pela atual administração para zelar pela obra, na realidade, inacabada, é o maestro Giovani Pietrine Pereira Sampaio, que acompanha a construção do conservatório desde o seu início. Ele diz que aconteceu de um grupo de adolescentes ter invadido o local, provavelmente para o consumo de drogas, mas que a situação já está sob controle e com vigilância 24 horas.
Sobre a obra, ele explica que os recursos aplicados, de R$ 890 mil, foram da Eletronorte, resultados de um acordo com o Ministério Público, para sanar dívida de multas trabalhistas. Faltaram cerca de R$ 108 mil para o revestimento acústico, R$ 120 mil para a climatização e a subestação rebaixadora de energia elétrica e R$ 220 mil para o mobiliário, recursos que deveriam ou poderiam ser complementados pela Prefeitura.
Mesmo sem investir nenhum centavo, o prefeito em fim de mandato colocou placa de inauguração e fez solenidade de entrega da obra à população. O atual prefeito, Francisco de Assis Ramos, agora negocia com a Eletronorte recursos complementares para, pelo menos, suavizar os investimentos finais para, de fato, inaugurar o Conservatório de Música de Imperatriz.
O conservatório tem 4 salas de aula, auditório para 100 pessoas, cantina, camarim, área de apoio pedagógico, recepção e espaço administrativo, além de amplo estacionamento. A atual gestão municipal terá, inclusive, que encontrar uma saída legal para investir o que ainda falta numa obra oficialmente dada como inaugurada.