Usando o espaço na Tribuna Popular, na sessão desta quarta-feira (23) da Câmara Municipal de Imperatriz, o pastor Alexander Santos fez um breve relato do projeto “Quebrando o Silêncio”, que engloba uma série de ações de conscientização e combate à violência sexual contra a mulher, o adolescente e a criança e o enfrentamento do feminicídio, sinônimo para a morte de mulheres em razão de seu sexo.
Segundo o pastor, o projeto é desenvolvido pela igreja desde 2002 em oito países da América Latina, durante todo o ano, culminando com uma grande campanha no mês de agosto.
O Brasil registrou ao menos oito casos de feminicídio por dia entre março de 2016 e março de 2017, segundo dados dos Ministérios Públicos estaduais. No total, foram 2.925 casos no país, aumento de 8,8% em relação ao ano anterior.
Segundo o ‘Atlas da Violência’, divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os casos de violência contra mulheres cresceram cerca de 130%, colocando o Maranhão como estado com o maior aumento na taxa de homicídios de mulheres.
Em abril deste ano, foi criado no Maranhão o Departamento de Feminicídio do Estado, que deverá dar mais atenção aos casos de violência contra a mulher.
De acordo com o pastor Alexander Sales, a maioria das mulheres é morta pelos companheiros, assim como estupros e outras violências sexuais e físicas praticadas contra mulheres, adolescentes e crianças, ocorre no seio familiar.
“Devemos usar todas as ferramentas sociais e religiosas para combater esse mal. O estupro, a violência física, deixam marcas para toda a vida”, afirmou o pastor.
Texto: Carlos Gaby/Assimp
Foto: Fábio Barbosa/Assimp
Legenda: Pastor Alexander Sales, da Igreja Adventista do 7º Dia