Entre as regalias cortadas no sistema carcerário de São Luis, incluíam TVs, rádios, aparelhos de som, farta mercearia, visitas fora dos horários estabelecidos, drogas, bebidas e muitas mulheres. Algumas delas tinha até cinco inscrições por dia de visitas íntimas. Ou seja: fazia cinco programas por dia la dentro. Tudo permitido por alguns auxiliares e, talvez, até por diretores.
Desde o segundo semestre do ano passado, as regalias começaram a ser cortadas, prova de que nunca houve um suposto acordo do governo para evitar rebeliões e permitir assaltos a bancos. Nenhum governante faz um acordo maluco para colocar em risco a vida dos cidadãos de bem aqui do lado de fora.
Neste ano, a disciplina se tornou mais rígida. As visitas foram ficando curtas e a presença de garotas de programas mais escassas. Mercearias, TVs, aparelhos de som e drogas foram desaparecendo com as constantes revistas. E para acalmar a turma mais afoita, o spray de pimenta.
Uma arma Ponto 40 entrou em uma das celas por um auxiliar que fazia o avião com as drogas lá dentro. Descoberto, nunca mais apareceu para trabalhar. Mas foi o combate mais duro às drogas, com o desbaratamento de muitos quilos de pó e prisões dos traficante que efervesceu os ânimos lá dentro e o caldeirão explodiu.
Aí partiram de dentro de Pedrinhas gravações de áudios por celulares ordenando os ataques aos ônibus, que resultaram em 15, sendo 8 coletivos queimados totalmente. Tudo orientado pelo chefe Eliakim machado, o Sadrak, o mesmo que liderou os ataques aos ônibus em 2014. Desta vez diferente daquele ano, quando pessoas foram queimadas e a menina Ana Clara veio a óbito.
Sadrak é destemido. Em 2014 chegou até a gravar um rap desafiando o governo de Roseana Sarney, como mostra o vídeo abaixo: ,