O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na noite desta terça-feira (24) a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, responsável pela queda do senador Romero Jucá do Ministério do Planejamento nesta segunda-feira (23), após divulgação de conversa na qual Jucá planeja interromper as investigações da operação Lava Jato.
A partir de agora, a delação de Machado passa a ter valor jurídico e pode provocar desdobramentos que resultem em novos inquéritos abertos pela Procuradoria-geral da República com a autorização do STF.
Na cúpula do PMDB, o receio é que se confirmem as informações que vêm circulando no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional: a de que Machado gravou José Sarney e o presidente do Senado, Renan Calheiros, em tentativas de se estancar a Lava Jato. Quem teve acesso aos áudios, gravados pelo ex-presidente da Transpetro em conversas separadas com os peemedebistas, afirma que o caso Jucá “não é nada” comparado ao que Renan e Sarney disseram.
As gravações foram feitas no âmbito da delação premiada que Sérgio Machado fechou com a Procuradoria, negociada desde março, quando a conversa com Jucá foi gravada. O acordo com a PGR foi selado na semana passada. Nas gravações, Machado compromete, ainda, os senadores Jader Barbalho e Edison Lobão.