Vereadores cobram explicações sobre show do cantor Pablo

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (04) na sala da presidência da Câmara Municipal, os vereadores Carlos Hermes, Bebé Taxista, Aurélio Gomes e José Arimatheia Ditola ouviram explicações do presidente da Fundação Cultural de Imperatriz (FCI), José Carneiro Santos, o Buzuca, sobre a programação cultural da virada de ano na Beira Rio, cuja atração principal será o cantor Pablo.

Após a reunião, os vereadores demonstraram insatisfação com as explicações, especificamente em dois pontos: o valor do contrato com o cantor, de R$ 300 mil, e a parceria que a FCI está fechando com a Citelum, empresa concessionária do serviço de iluminação pública.

O secretário Buzuca explicou que o valor global do contrato inclui o cachê e outras despesas da equipe do cantor Pablo, como passagens e hospedagem. “O valor total do contrato é de R$ 300 mil, esse não é o valor só do cachê do cantor”, assegurou.

Outros gastos com iluminação, som e palco, que podem chegar à casa dos R$ 100 mil, de acordo com o secretário, estão sendo captados através das chamadas Parcerias Público-Privadas. “Ainda não temos uma definição de quais empresas irão colaborar, ainda não está definido”, informou, se comprometendo a enviar aos vereadores a cópia do contrato com o cantor Pablo e todas as informações sobre esses outros gastos.

Segundo Buzuca, o show de Pablo será bancado com recursos do Tesouro Municipal, que serão repassados à Fundação Cultural. Do valor total, revelou, a FCI já quitou uma parcela de R$ 100 mil – outras duas serão pagas antes do show, a terceira com desconto do ISS, o Imposto Sobre Serviços, afirmou o secretário.

Insatisfeitos

O vereador Bebé Taxista disse que as explicações do presidente da FCI não justificam os gastos com o show, pois o Município vive uma realidade administrativa difícil, com problemas na saúde e atraso de fornecedores. Criticou também a falta de incentivo aos artistas locais – apenas três atrações de Imperatriz irão participar da festa da virada, com cachês médios de R$ 3 mil.

O vereador também questionou os critérios da parceria com a empresa Citelum. “Isso gera dúvidas. É uma empresa que presta serviços ao Município e qual critério para fazer essa parceria. O que foi oferecido a essa empresa para ela bancar os gastos com esse show?”, perguntou o vereador.

Os vereadores irão aguardar novas informações do presidente da FCI para se pronunciarem oficialmente.

Texto: Carlos Gaby/Assimp

Fotos: Fábio Barbosa/Assimp