O dado consta na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua,
realizada pelo IBGE
São Luís (MA) – No Maranhão, os 10% da população com maior renda
concentram 39,2% da massa de rendimento. No Brasil, esse percentual é de
43,1%, enquanto no Nordeste é de 42,7%. Esses são alguns dos dados
revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD
C), com a temática “Rendimento de todas as fontes 2018”, divulgada pelo
IBGE, na última quarta-feira (16).
Em relação a 2012, tanto no Brasil quanto no Nordeste e no Maranhão, em
2018, houve crescimento na participação dos 10% das pessoas com maiores
rendimentos. Em 2012, no Brasil, os 10% do topo da pirâmide de renda
detinham 29,9%, no Nordeste, detinham 30,6%, e, no Maranhão, 25,8%.
A pesquisa apontou também que, na composição da renda domiciliar, no
Maranhão, em 2018, a participação da renda proveniente de aposentadorias e
pensões foi de 25,5%, enquanto no Brasil foi de 20,5%.
Quanto aos dados da renda média das pessoas por fonte de renda, percebe-se
que a renda média derivada de aposentadorias e pensões é bem próxima da
renda proveniente de trabalho.
Renda média das pessoas por fonte de rendimento
Abertura
geográfica subclasse 2018
Maranhão Todas as fontes¹ R$ 1.166
Todos os trabalhos¹ R$1.288
Outras fontes R$774
Aposentadoria e pensão R$1.223
Aluguel e arrendamento R$700
Pensão alimentícia, doação e mesada
de não morador R$322
Outros rendimentos R$337
(Fonte: IBGE)
Outra informação levantada na PNAD Contínua é que, dentre os estados
brasileiros, o Maranhão apresentou o menor rendimento médio mensal das
pessoas com renda, independente da fonte, se do trabalho ou não. Embora,
em termos de ganhos reais, comparando-se 2012 a 2018, a média tenha
crescido de R$ 1.087,00 para R$ 1.166,00, totalizando aumento real de 7,3% e
ficando acima do constatado para o Brasil (+4,5%).
Rendimento médio mensal das pessoas com renda
(Fonte: IBGE)
Mesmo apresentando a menor renda média mensal, o grau de concentração de
renda, medido pelo coeficiente de Gini, no Maranhão, é de 0,526, menor que o
constatado para Brasil (0,545) e Nordeste (0,545).
De acordo com José Reinaldo Ribeiro Júnior, Tecnologista de Informações
Geográficas e Estatísticas do IBGE, a PNAD Contínua fornece informações
fundamentais para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.
“Sem dúvida, quando o IBGE traz números atinentes à temática renda
monetária, acaba por trazer luzes sobre as condições de vida da população. A
moeda é o meio fundamental através do qual se acessa bens e serviços
essenciais para a sobrevivência das pessoas. Dá uma boa medida, embora
não seja a única, para se saber se a economia é capaz de ter melhorado ou
não a qualidade de vida das pessoas, destacou”.