Em alusão ao mês da Consciência Negra, acadêmicos realizam Júri Simulado do caso “Os Cinco do Central Park”

Para gerar reflexões em referência ao mês da consciência negra, o
curso de Direito da faculdade Facimp Wyden realizou na última terça-feira (26),
no Plenário Leo Franklin da Câmara Municipal de Imperatriz, um Júri Simulado
que uniu seus acadêmicos e também alunos do terceiro ano da rede pública,
do Centro de Ensino Graça Aranha, para simularem o julgamento do polêmico
caso “Os Cinco do Central Park”, um caso criminal que condenou injustamente
cinco adolescentes negros por estupro no Central Park em New York, nos
Estados Unidos, em 1989.

Iniciando as atividades, o caso foi apresentado a todos os presentes no
Plenário e se encaminhou durante a tarde com a acusação e a defesa,
simulando o julgamento do caso real, e, no final do Júri, foi feita uma atividade
dinâmica sorteando sete estudantes do CE Graça Aranha entre todos os que
assistiram a ação para comporem o conselho de sentença e decidirem o caso.
O Júri Simulado foi idealizado pelo curso de Direito da Facimp Wyden,
através da professora Dinalva Maria Feitosa, junto ao coordenador do curso,
Eduardo Hoff, que relataram a importância de atividades desse tipo para os
acadêmicos terem uma experiência prática do que vão encarar na vida
profissional.
O coordenador do curso, Eduardo Hoff, ainda acrescentou a motivação
na escolha da temática do Júri Simulado, que retratou o caso de condenação

de adolescentes negros nos EUA. “Essa temática foi levada em consideração,
pensando no mês da consciência negra, justamente para gerar uma série de
reflexões e conscientizar o público sobre o preconceito e racismo existente na
sociedade”.
O caso “Cinco do Central Park”
No caso conhecido como “Os Cinco do Central Park”, um grupo de
adolescentes, quatro negros e um hispânico entre 14 e 16 anos, foram
acusados injustamente de estuprar e deixar quase morta uma jovem que corria
no Central Park de New York. O caso dominou as manchetes dos jornais há 30
anos, expondo a discriminação racial na região.
Eles foram absolvidos em 2002, depois que um estuprador em série
confessou o crime. Posteriormente foi feito um acordo de indenização após um
longo processo legal, com a Prefeitura de New York em 2014.