Entre as regiões pesquisadas, a capital maranhense teve a maior variação em novembro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, em São Luís, foi de 1,05%, após cinco meses consecutivos de baixa. A capital maranhense teve a maior variação regional do índice entre as 16 regiões brasileiras pesquisadas.
Ao contrário do que aconteceu no mês anterior, quando a maioria dos grupos de despesas apresentaram quadro deflacionário, em novembro, a maioria dos grupos apresentaram quadro de elevação de preços, com destaque para: habitação (2,21%), transporte (2,04%), despesas pessoais (1,38%) e alimentação e bebidas (0,92%).
Os grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas responderam por 87% da inflação do IPCA de novembro. Recuos de preços aconteceram nos grupos de despesas artigo de residência (-1,21%), vestuário (-0,76%), que, uma vez mais no ano, apresentou quadro deflacionário, e comunicação (-0,02%).
No grupo habitação, as contribuições mais significativas para a taxa de inflação de 2,21% foram os subitens: (a) energia elétrica residencial, em função da alteração, de outubro para novembro, da bandeira tarifária amarela para a bandeira tarifária vermelha (elevação de R$ 4,17 a cada 100 kwh consumidos) e elevação de PIS e COFINS; (b) gás de botijão, que teve aumento, em São Luís, de 5,38%.
Em relação ao grupo transporte, as elevações de preços nos subitens gasolina (5,91%), ônibus interestadual (5,67%), etanol (5,61%) e óleo diesel (2,47%) foram as mais significativas. Porém, destaca-se que as elevações nos preços dos subitens conserto de automóvel (1,26%) e motocicleta nova (1,23%) tiveram mais impacto na elevação de preços do grupo transporte que óleo diesel.
No que diz respeito ao grupo alimentação e bebidas, aumento na carne (6,82%), melancia (6,30%), limão (3,23%) e alface (3,02%), além de feijão branco (5,02%) e óleo de soja (2,86%), influenciaram no comportamento de elevação de preços nesse grupo de despesas. De forma semelhante, alimentação fora do domicílio que, em outubro, teve deflação de -0,48%, em novembro, teve elevação de preço de 0,48%.
O grupo despesas pessoais teve aumento de preço muito em função do comportamento de dois subitens com forte impacto: jogos de azar/as loterias oficiais (24,35%) e empregado doméstico (0,31%). Nesse grupo de despesas, também tiveram aumento os subitens brinquedos (2,64%) e boate e danceteria (1,23%).
No grupo saúde e cuidados pessoais, houve uma aceleração nos preços de outubro (+0,08%) para novembro (+0,63%). O aumento de preços no item produtos farmacêuticos (1,60%) deu contribuição significativa para o comportamento inflacionário nesse grupo de despesa.
Em relação aos grupos de despesas que apresentaram deflação, destaque para artigos de residência, que, em novembro, apresentou recuo de preços nos subitens colchão (-9,62%), televisores (-6,17%), máquina de lavar (-4,61%) e fogão (-4,54%). Pelo terceiro mês consecutivo, esse grupo de despesas apresentou diminuição de preços.
No ano de 2019, o IPCA acumulado em São Luís foi de 2,76%. Em 12 meses, o acumulado foi de 3,02%. Os dois resultados ficaram abaixo dos números para Brasil (acumulado no ano de 3,12% e acumulado em 12 meses de 3,27%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (base).
INPC de novembro também foi de 1,05%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também apresentou alta, em São Luís, e registrou 1,05% no mês de novembro. A variação acumulada no ano ficou em 2,59% e, no acumulado dos últimos doze meses, o índice ficou em 2,94%. Assim como ocorreu com o IPCA, o INPC apresentou, até outubro, cinco meses consecutivos de deflação na capital.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado. É um índice que captura variação de preços para a população menos abastada. Abrange 16 regiões investigadas: dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
IBGE / MA
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Jornalista responsável: Marine Noronha