Comércio e serviços puxaram a alta no Maranhão, que aconteceu pelo segundo mês seguido. O saldo de novos empregos no estado gerados pelos pequenos negócio supera a casa dos 6 mil em 2021.
Para o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, Albertino Leal de Barros Filho, a geração de novos postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, sinalizam que os pequenos negócios são capazes de dar dinâmica para a economia local.
As Micro e Pequenas Empresas (MPE) maranhenses abriram 3.581 empregos formais em fevereiro. Com isso, o saldo de novos postos com carteiras de trabalho assinadas no estado subiu para 6.403 em 2021. Os dados foram divulgados pelo Sebrae, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que é organizado pelo Ministério da Economia e divulgado mensalmente.
De acordo com o estudo do Sebrae, MPEs que atuam em diversos segmentos abriram novos postos de trabalho em fevereiro, porém, o setor que mais gerou empregos no estado foi o de serviços, que abriu 1.699 novos postos de trabalho, seguido de perto pelo comércio, cujos pequenos negócios abriram 1.266 novas vagas.
“Vemos com esperança os resultados desse levantamento, porque nos sinalizam que, de fato, os pequenos negócios são capazes de dar dinâmica para a economia local e gerar riqueza para os maranhenses. Já vínhamos observando a abertura de postos de trabalho no segundo semestre do ano passado, em uma trajetória interrompida apenas em dezembro, mas já retomada no primeiro bimestre de 2021”, analisou o diretor superintendente, Albertino Leal de Barros Filho.
BRASIL
Quando os dados do Caged dizem respeito ao Brasil, em fevereiro de 2021 as micro e pequenas empresas também abriram a maior parte das novas vagas de trabalho. Em todo território nacional, no segundo mês do ano, as MPEs foram responsáveis pela geração de 68,5% dos empregos criados no país, o que corresponde a um pouco mais de 275 mil vagas, mais do que o dobro dos postos de trabalho gerados pelas empresas de médio e grande porte, que foi de 101,8 mil.
O presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, destacou que esse resultado positivo é mais uma prova de que os pequenos negócios são essenciais para a retomada do crescimento da economia do país e para a geração de empregos. “Esse é o 8◦ mês consecutivo que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos com carteira assinada. São os pequenos negócios que sustentam a geração de empregos nos país e, por isso, é tão importante que sejam realizadas políticas públicas que amparem esse segmento”, afirmou o presidente do Sebrae.
No acumulado do ano, dos cerca de 611 mil empregos gerados no primeiro bimestre, 476,7 mil (72,26%) foram das micro e pequenas empresas, enquanto que as médias e grandes empresas criaram 134, 1 mil novas vagas. Apesar dos fortes impactos da pandemia nesse segmento, esse quantitativo é superior ao total de empregos gerados em 2020, quando foram criados 301,9 mil novos postos de trabalho, o que representa um aumento de mais de 102%. As MPE aumentaram a sua participação em 199.563 novas contratações contra 109.413 das MGE.
Setorialmente, os empregos nas micro e pequenas empresas seguem sendo puxados pelos segmentos de serviços (107.980 vagas), seguido pelo comércio (65.084 vagas) e indústria de transformação (63.963 vagas). Nas médias e grandes empresas, o Comércio continua fechando postos de trabalho, acumulando, nesse bimestre, um saldo negativo de -24.626.
Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina permanecem como as três Unidades da Federação que mais contrataram proporcionalmente. Amazonas segue como a única UF com mais desligamentos do que admissões em 2021. Esse saldo negativo é consequência do elevado número de demissões nas MPE.