Estamos ajudando a fazer história

Conseguimos!!!!

Na semana passada, a maioria esmagadora dos deputados do Parlamento Europeu votou a favor da lei mais forte já feita para acabar com os graves problemas que assolam a era da toxicidade nas redes sociais.

Ainda estamos em êxtase.

Enfrentamos algumas das empresas mais poderosas do mundo, e fomos mais fortes que o lobby delas.

A comunidade da Avaaz ajudou a fazer história! Foram milhares de doações, inúmeras mensagens enviadas aos parlamentares, poderosas ideias apresentadas em reuniões e investigações bombásticas que mostraram claramente os danos causados pelas gigantes da tecnologia. Não fizemos isso sozinhos: ao nosso lado estiveram outros grupos importantíssimos que compartilham a causa do nosso movimento e corajosos legisladores que decidiram nos ouvir.

Ainda não terminou, mas se os deputados europeus se mantiverem firmes nas próximas negociações, o Digital Services Act (DSA, na sigla em inglês, ou Lei dos Serviços Digitais) poderá ser a primeira de uma série de novas leis em todo o mundo, inclusive no Brasil, que finalmente obrigariam as plataformas a colocarem os direitos das pessoas à frente de seus lucros. Assim, sempre que o Facebook, Youtube ou TikTok causassem danos às nossas sociedades — seja a proliferação de fake news, a divulgação de conteúdos nocivos à crianças ou o uso indevido de nossos dados pessoais, nossas leis teriam condições de garantir que essas empresas assumissem a responsabilidade que lhes cabe.

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As redes sociais trouxeram inovações importantes às nossas sociedades. Elas evoluíram com apenas um objetivo: maximizar seus lucros, mesmo que isso significasse radicalizar nossas sociedades, desacreditar a ciência ou causar um aumento no índice de depressão entre jovens.

Agora, graças a essa lei, que alguns começaram a chamar de “nova constituição da Internet”, podemos exigir um futuro em que as tecnologias sejam concebidas em torno de valores comuns e protejam os direitos humanos fundamentais, ao invés de explorar nossos pontos fracos.

Além disso, com tanta desilusão em relação à política, esse processo mostrou o melhor de nossos legisladores. A maioria das exigências dos cidadãos, dos especialistas e das organizações da sociedade civil foram, de alguma forma, incluídas no texto que acabou de ser votado, entre elas:

Desintoxicar o algoritmo — fazer com que as plataformas sejam responsáveis pelos danos que os algoritmos causam às nossas sociedades, como a viralização de desinformação; Sanções de verdade — a lei prevê multas de até 6% da renda global dessas plataformas. Sim, estamos falando de bilhões de dólares se elas não corrigirem seus sistemas;Abrir a caixa preta — Permitir que auditores independentes, pesquisadores e a sociedade civil analisem as ações das plataformas e detectem irregularidades;Banir as propagandas espiãs — incluindo o fim da exploração dos dados de crianças, de nossas crenças políticas ou orientação sexual para o direcionamento de anúncios.
Há mais de quatro anos, a Avaaz está na linha de frente da pressão pública para forçar as plataformas de redes sociais a lidarem com os danos criados por suas tecnologias. Da UE, aos EUA e ao Brasil, denunciamos a desinformação e suas dimensõesrealizando pesquisas sobre seus efeitos nocivos, avaliando os esforços das plataformas para combatê-los e identificando suas falhas. Nada disso teria sido possível sem a comunidade Avaaz. E agora ainda precisamos continuar mostrando o poder do nosso movimento para garantir que o Brasil aprove um projeto de lei contra as fake news que seja bom para as pessoas e alinhado com a legislação forte e democrática aprovada na Europa. Vamos juntas e juntos – e continuar fazendo história.

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Com enorme alegria e determinação,

Luca, Laura, Sarah, Christoph, Joana, Nadia, Andy, Rosie, Luana, Camille, Barbara, Sam e toda a equipe da AvaazMais informações:Estudo: 110 milhões de brasileiros acreditam em notícias falsas sobre covid (UOL)The People’s Declaration – uma gigante coalizão da sociedade civil que lutou conoscoComo a desinformação nas redes sociais prejudica o combate à pandemia (CNN Brasil)
Agências de checagem de notícias convocam YouTube a lutar contra desinformação (UOL)