Gustavo Saldanha chamou atenção do país por suas habilidades especiais, agora outras crianças terão mais oportunidades por conta dele
O caso do menino de 8 anos, Gustavo Saldanha, ficou conhecido em todo o Brasil e, até mesmo fora dele. Com um QI de 140, desvio padrão de 15 e 99.61 de percentil, o pequeno se tornou o brasileiro mais novo a integrar a Mensa Internacional, uma associação para pessoas de alto QI. O sucesso foi tamanho, que após a divulgação do feito do brasileiro, o número de acessos à página da Mensa Brasil continuou 3 vezes maior que a média por mais de 24 horas.
As habilidades especiais de Gustavo, além de influenciarem mães e pais em todo o território nacional a observarem possíveis sinais de superdotação em seus filhos, também provocaram mudanças significativas no funcionamento da Mensa Brasil. Quando Gustavo descobriu suas habilidades, a associação do Brasil ainda não aceitava crianças. Porém, hoje o cenário mudou e muito se deve à repercussão que o caso do brasileirinho tomou.
“Ao sabermos sobre as alterações na Mensa Brasil, que passou a aceitar crianças após a repercussão do caso do Gustavo, ficamos extremamente felizes”, relata a mãe, Luciane Saldanha. De acordo com ela, a relevância do feito está na possibilidade de ajudar outras pessoas. “Assim que o caso dele viralizou na imprensa, recebemos muitos contatos, de diversas mães, principalmente, buscando ajuda. Muitas queriam dividir experiências e saber um pouco mais da história do Gustavo, já que identificaram nos filhos algumas das características que foram relatadas nas entrevistas. Outras mães, algumas já com resultados de teste de QI dos filhos, queriam informações sobre à Mensa, qual era o ‘caminho’ para que os filhos pudessem também fazer parte da ‘Sociedade de Gênios’”, conta.
Na época, Gustavo conseguiu entrar na Mensa Internacional, o que foi facilitado por sua dupla nacionalidade. Fato este, que para Luciane, torna as alterações na Mensa Brasil ainda mais importantes. “Como ele tem dupla nacionalidade, foi possível o ingresso fora do Brasil, afinal é um requisito obrigatório e isso limitava muito o acesso de outras crianças brasileiras que não tivessem essa condição”, explica.
Atualmente, Gustavo segue influenciando crianças em todo Brasil e encantando adultos por suas habilidades musicais em suas redes sociais. “Desde o início, ficamos muito orgulhosos e comemoramos a grande conquista do Gustavo, mas acho que agora podemos dizer que a conquista é ainda maior, pois ele não apenas se tornou membro, mas pudemos ajudar um número muito grande de famílias. Consideramos que o caso dele foi um marco e possibilitou a primeira mudança da história das crianças superdotadas em nosso país. Temos a sensação que a missão dele é essa, por onde o Gustavo passa, parece haver uma modificação do ambiente, sempre possibilita ter espaço para outras pessoas e não ficar apenas para ele o mérito”, pontua Luciane.
Sobre Gustavo Saldanha
Nascido em São Paulo, no ano de 2013, Gustavo Arias Saldanha, desde o primeiro momento, era uma criança diferente das outras. Ao passo que Gustavo ia crescendo, uma paixão por música começou a ser percebida pelos pais. Com 5 anos, por conta de uma apresentação escolar, o menino conheceu os Beatles e, no mesmo ano, começou a fazer apresentações cantando ao lado do presidente do Fã Clube Revolution, Marco Mallagoli. Em menos de 1 ano, o repertório de Beatles já englobava mais de 50 sucessos. Gustavo aprendeu a tocar violão rapidamente, começou a estudar guitarra, teclado, bateria, baixo, ukulele e outros instrumentos. Atualmente, o prodígio musical de 8 anos começou a expandir o repertório musical e segue se desenvolvendo rapidamente na quinta arte.
A tecnologia também fascina o menino e a união entre as duas paixões fez com que ele aprendesse a usar sistemas complexos como o Logic Pro, utilizado pelos músicos profissionais. Atualmente, o repertório do pequeno artista já supera mais de 100 músicas. Gustavo também já gravou 4 músicas autorais, se apresentou em Liverpool e já foi notado por grandes nomes da música mundial como John Fogerty, James Taylor, Gerald Alston e Brian Ray.