Fórum marca Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Imperatriz

Fórum marca Dia Nacional da Luta Antimanicomial em Imperatriz

 Em Imperatriz, a data foi marcada com a realização de um Fórum que reuniu profissionais da saúde, autoridades, estudantes, representantes da sociedade civil organizada, pacientes e familiares. (Foto: Edmara Silva)

“Manicômios Nunca Mais!” A expressão é grito de liberdade, rompimentos de barreiras e reafirmação da política de saúde mental baseada na dignidade humana. Para relembrar essa nova concepção de tratamento psíquico, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial é celebrado em 18 de maio desde 1987. Em Imperatriz, a data foi marcada com a realização de um fórum que reuniu profissionais da saúde, autoridades, estudantes, representantes da sociedade civil organizada, pacientes e familiares.

O fórum foi um momento de diálogo, reflexão sobre o não aprisionamento e afastamento social das pessoas com transtornos mentais, bem como apresentação dos serviços da Rede de Saúde Mental da Prefeitura de Imperatriz e dos avanços dos últimos anos. Por mês, são em média 9 mil atendimentos na rede municipal composta por três centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e Ambulatório de Saúde Mental.

“Este Fórum é também uma forma de apresentar à sociedade o trabalho que temos desenvolvido na rede, que além do acompanhamento aos pacientes, envolve também as famílias, pois compreendemos que ela deve fazer parte desse processo. E este dia é muito expressivo, nós que trabalhamos na saúde mental, sabemos o quanto importante foi e é esse novo modelo de tratamento. Por isso, sempre relembrar essa luta para sempre avançar e jamais retroceder, assim trouxemos essa discussão para sociedade em geral por meio do Fórum”.

Um dos objetivos da luta antimanicomial é justamente lembrar do direito fundamental à liberdade, a um tratamento digno, a viver em sociedade, sem abrir mão do seu lugar, receber cuidados  e ser visto como cidadão de direitos. “Apesar dos avanços, as questões psiquiátricas ainda carregam alguns estigmas sociais, frutos dos anos e anos que o tratamento era excluir as pessoas com sofrimento psiquiátrico do convívio com a sociedade, era o aprisionamento, a segregação dessas pessoas. Felizmente, isso tem mudado e nós temos avançado na saúde mental”, destacou o secretário de Saúde, Alcemir Costa.

Durante o evento, foram realizados grupos de discussão sobre a temática e elaboradas propostas que serão encaminhadas às autoridades competentes. Além do Fórum, a Rede de Saúde Mental também realizou a Ciranda pela Vida, na Beira-Rio, e outras atividades serão realizadas neste mês da luta antimanicomial.