Dia das Mulheres na Engenharia: cresce o número de mulheres na profissão

No último ano, áreas com maior presença de homens no mercado, como, engenharia, logística e tecnologia registraram crescente na presença feminina

Dia 23 de Junho é marcado pelo Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, uma data criada pela Women’s Engineering Society (WES) do Reino Unido, com o objetivo de consolidar cada vez as mulheres nesse cenário ainda cercado majoritariamente por homens no mercado, mas com um crescimento feminino provando que elas já estão onde querem e podem estar!

Um levantamento que exemplifica o crescimento foi feito pela Gupy, empresa de tecnologia para recursos humanos, revelando as áreas que mais contrataram durante o último ano. A participação feminina em setores que historicamente tem uma parcela relevante de homens, tem diminuído. Entre eles estão as áreas da logística (9,43%), tecnologia (5,68%) e, inclusive, na engenharia com 2,79% de crescimento.

A graduação também segue a mesma linha crescente; segundo dados do Censo da Educação Superior 2017 levantados pelo Quero Bolsa, o sexo feminino é maioria em, pelo menos, seis cursos da área, considerando o percentual de ingresso. Engenharia de Alimentos é o líder com 62,9% de mulheres ingressantes no curso, seguido por Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (59,4%) e Engenharia Têxtil (53,6%). Engenharia Química (50,8%), Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (50,4%) e Engenharia Ambiental e Sanitária (50,2%) fecham os 3 cursos restantes.

O cenário

A engenheira ambiental e professora do Núcleo de Engenharias da Facimp Wyden, Cristiane Márcia Miranda, reconhece que ainda há um desequilíbrio nas salas de aula e no exercício profissional, mas comenta que o crescimento feminino é contínuo e animador. “Vejo como um cenário forte e próspero que acolhe os bons profissionais independentemente do gênero”, comenta a professora, que enxerga uma afinidade das mulheres com a engenharia.

Cristiane revela que o interesse pela engenharia surgiu da perspectiva de estar em uma área que carrega grande importância para o bem-estar da população e que abrange múltiplas opções dentro do mercado de trabalho. A engenheira acredita que numa rotina com percentual maior de pessoas do gênero masculino pode sim ocorrer algum tabu, no entanto, com ela, a desigualdade ficou nos números, pois suas experiências foram positivas e nunca presenciou ou passou por qualquer situação de machismo envolvendo o ambiente de trabalho, ou de sala de aula. “Mesmo estudando ou trabalhando com turmas predominantemente masculinas, sempre fui tratada de igual forma”, completa.

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